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| Foto: ml/mm/MAURICIO LIMA

A autoridade britânica que regulamenta a embriologia concedeu nesta segunda-feira (1º.) a primeira autorização para modificar geneticamente embriões humanos. A concessão foi dada a uma cientista que quer descobrir as causas de abortos espontâneos em algumas mulheres.

A autorização é apenas para a pesquisa e a cientistas poderá trabalhar com o embrião por no máximo duas semanas. Tratamentos com estes embriões continuam proibidos.

“Nosso comitê aprovou a solicitação da doutora Kathy Niakan, do Francis Crick Institute, para renovar sua licença de pesquisa em laboratório, incluindo a edição genética de embriões”, indicou a Autoridade de Fertilização Humana e de Embriologia (HFEA, em inglês) em um comunicado.

Kathy Niakan pretende modificar os embriões em um método revolucionário chamado Crispr-Cas9. Basicamente, o que ela pretende é analisar o desenvolvimento de óvulos fecundados passo a passo, modificando determinados genes para descobrir os efeitos e quais alterações levam à má formação do feto.

O estudo da britânica pode fornecer melhores tratamentos para a infertilidade no futuro.

Embora a pesquisa com embriões modificados seja, na teoria, autorizada desde 2009, esta é a primeira que uma autorização formal para manipular geneticamente embriões foi concedida de forma oficial, ao menos em um país ocidental. Em algumas nações, porém, como esta prática não está formalmente proibida, não requer necessariamente um pedido de autorização.

Em abril do ano passado, cientistas chineses anunciaram que conseguiram modificar um gene defeituoso de vários embriões, responsável por uma doença do sangue potencialmente letal. A notícia provocou uma grande polêmica sobre as consequências éticas deste tipo de prática.

Os próprios cientistas chineses indicaram que registraram “grandes dificuldades” e afirmaram que seus estudos “demonstravam a necessidade urgente de melhorar esta técnica para aplicações médicas”.

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