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Enquanto as buscas continuam, alguns parentes de tripulantes do San Juan decidiram ir para casa e outros ficaram na base da Marinha | EITAN ABRAMOVICH/AFP
Enquanto as buscas continuam, alguns parentes de tripulantes do San Juan decidiram ir para casa e outros ficaram na base da Marinha| Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP

Passados 12 dias do desaparecimento do submarino ARA San Juan, as entrevistas coletivas do porta-voz da Marinha, na sede da força em Buenos Aires, começam a ficar repetitivas.  "Ainda não encontramos o submarino", começa Enrique Balbi, o porta-voz. "Queria dar notícias melhores", diz, pelo terceiro dia consecutivo.  

"Que indícios vocês têm de que os 44 tripulantes ainda possam estar vivos?", pergunta um repórter pela enésima vez. O porta-voz explica, pacientemente, como já fez antes, que, por respeito às famílias, não fará conjecturas.  

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Em outro momento, diz "que se tenham passado 11 dias não impede que possam estar em uma situação de sobrevivência extrema", sem explicar o que isso seria.  

Com a escassez de informações, apesar do incremento das operações de busca e resgate do submarino, os encontros com a imprensa foram reduzidos. O que acontecia regularmente na Base Naval de Mar del Plata, destino final do San Juan, não acontece mais.  

Coletivas

Em Buenos Aires, esses momentos ocorriam às 10h e às 19h (horário local). Desde o sábado, há apenas um encontro por dia, salvo algum avanço importante nas operações, algo que ainda não aconteceu.  

As famílias dos tripulantes também começaram a se desmobilizar. Apenas uma parte permanece alojada na Base Naval de Mar del Plata. Outra parte foi deslocada ao Hotel Antártida, também na cidade, mantido pela Marinha. Muitos decidiram voltar para suas casas.  

"A Marinha continua prestando ajuda psicológica a eles", afirmou Balbi.  

Minisubmarino

Por causa do mau tempo, com ventos de até 60km/h, a aguardada descida do minisubmarino americano ao fundo do mar não pôde ser realizada na noite de sábado (25).  O minisubmarino saiu neste domingo (26) a bordo do navio norueguês Sophie Siem e deve chegar à zona de buscas nesta segunda.  

Também é esperada a chegada a Comodoro Rivadavia (sul) de uma embarcação com equipamentos russos de observação subaquática considerados de última tecnologia.  

"Continuamos priorizando a busca subaquática, varrendo o fundo do mar", afirmou Balbi. A operação está concentrada em uma área com um raio de 64km e profundidades entre 200 metros e 1.000 metros, calculada com base na última comunicação feita pelo submarino e no local onde teria ocorrido a explosão.

A embarcação

O ARA San Juan saiu de Ushuaia, no extremo sul do país, e estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva da Marinha argentina. A embarcação se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.  

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No domingo após o desaparecimento, a Marinha da Argentina já tinha dito que não estava trabalhando com a questão da sobrevivência dos 44 tripulantes que o ARA levou a bordo, devido ao abastecimento de oxigênio e alimentos da tripulação.

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