A humanidade terá apenas 12 horas para se preparar se uma tempestade solar de grandes proporções for detectada a caminho da Terra, aponta um documento do governo britânico revelado nesta sexta-feira (31).
As tempestades solares, também chamadas de geomagnéticas, não são incomuns, mas geralmente ocorrem com intensidade mais branda.
“A atividade solar pode produzir radiação, partículas de energia e ejeção de massa coronal do plasma. Se tal atividade é direcionada para a Terra, potencialmente causará impacto em larga escala. Isso inclui apagões, interferências na aviação, perda da comunicação e distúrbios nos sistemas de satélite”, aponta o documento.
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Termo foi criado para nomear a segunda lua cheia do mês. Apesar de raro, evento não modifica cor do satélite
Leia a matéria completaO que mais preocupa os cientistas é a “ejeção de massa coronal”, um termo que define as erupções no sol. Geralmente elas não se afastam do astro. Porém, podem ser impulsionadas para longe (e na direção da Terra, por exemplo). Esse plasma tem elétrons e prótons e isso é o que causa a interferência no campo magnético de nosso planeta.
“De forma geral, quanto mais rápida a ejeção, maior seu impacto. A que acometeu o planeta durante o evento Carrington [uma grande tempestade solar em 1859], por exemplo, chegou à Terra em 18 horas. Isso nos leva a crer, com base em análises, que no pior cenário teremos 12 horas desde a detecção da ejeção até o impacto”, diz.
O documento aborda também pontos que são necessários para atenuar esses impactos e responder a eventos tão severos. Segundo o relatório, é preciso investir em infraestrutura de segurança, sistemas de alerta e em treinamentos de emergência.
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