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Feridos são atendidos nas ruas de Katmandu devido ao alto risco de novos desabamentos entre os prédios atingidos. | Narendra Shrestha/Efe
Feridos são atendidos nas ruas de Katmandu devido ao alto risco de novos desabamentos entre os prédios atingidos.| Foto: Narendra Shrestha/Efe

Um terremoto de 7,8 graus na escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), atingiu o Nepal neste sábado (25). Até o fechamento desta edição, o saldo de mortos contabilizado estava em quase 1.200 pessoas, incluindo a capital Katmandu e outras regiões. Mais 36 mortes foram registradas no norte da Índia, 12 na China e quatro em Bangladesh.

Número de mortos cresce a cada hora, conforme escombros são retirados.Navesh Chitrakar / Reuters

A todo momento o número de vítimas cresce conforme as autoridades locais fazem as buscas nos escombros. Segundo um porta-voz da polícia, a maioria dos mortos está na no vale de Katmandu e Pokhara, na região central do país asiático.

Vários edifícios antigos desabaram em Katmandu, incluindo templos e alguns monumentos, e milhares de pessoas foram às ruas por causa do risco de queda de outros prédios.

Resgate de sobreviventes é prioridade na capital.Narendra Shrestha / Efe

O terremoto durou entre 30 segundos e dois minutos e foi o pior a atingir a região em 81 anos. “Ainda estamos buscando informações e tentando ajudar os afetados em nosso país e no Nepal”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pela sua conta nas redes sociais.

O tremor foi registrado às 11h56, hora local, deste sábado (3h11 no horário de Brasília). O epicentro foi registrado em um ponto a 80 quilômetros ao noroeste de Katmandu. Foram registradas ainda pelo menos 16 réplicas entre 4,2 e 6,6 graus.

O movimento tectônico foi sentido também no norte da Índia, desde Calcutá até a fronteira do Paquistão, especialmente no leste e em regiões que fazem fronteira com o Nepal. Há registros também na China e em Bangladesh.

A imprensa local informou que a torre Dharahara, uma importante atração turística do Nepal, caiu e ficou transformada em escombros.

O aeroporto internacional de Katmandu foi reaberto após permanecer fechado por várias horas durante a manhã.

Brasileiros

O Itamaraty informou que não há indícios de brasileiros entre as vítimas do terremoto que atingiu o Nepal. O vice-cônsul do Brasil em Katmandu realiza buscas nos hotéis da cidade e está em contato direto com líderes da comunidade brasileira no país. Cerca de 300 mil turistas estrangeiros estão na região.

A situação nas cidades atingidas é de caos. Os feridos são atendidos nas ruas e o trabalho de buscas por pessoas vivas no escombros é grande. O Nepal já registrou uma série de desastres naturais. O pior terremoto de sua história ocorreu em 1934 e matou mais de 8,5 mil pessoas.

7,8 graus

Na escala Richter é a magnitude do terremoto que atingiu o Nepal na manhã deste sábado, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O serviço chegou a divulgar o número de 7,9 mas depois revisou o dado. Foram registradas ainda pelo menos 16 réplicas entre 4,2 e 6,6 graus. O tremor foi sentido também na China, Índia, Paquistão e Bangladesh.

Templo desaba

A histórica torre Dharara colapsou em Kathmandu quando o terremoto ocorreu, logo depois do meio-dia, hora local. Um policial disse que mais de 200 pessoas ficaram presas na estrutura.

Construída em 1832 para a rainha do Nepal, a torre tinha mais de 60 metros de altura e estava aberta a visitantes nos últimos dez anos e tinha um terraço para apreciar a vista. Muitos corpos foram encontrados nas ruínas da construção.

Kathmandu abriga diversos templos hindus. Fotografias publicadas na Internet mostram edifícios reduzidos a poeira, com grandes rachaduras nas rodovias e moradores sentados nas ruas segurando bebês.

Avalanche no monte Everest deixa 8 mortos

Autoridades estimam que cerca de 300 mil turistas estão no Nepal para a temporada de alpinismo

Pelo menos oito pessoas morreram depois de uma avalanche no Monte Everest causada pelo terremoto que atingiu o Nepal na manhã deste sábado (25).

A avalanche cobriu parte da base para os alpinistas com destino ao ponto mais alto do mundo, de acordo com o Ministério do Turismo do Nepal. “O número de mortos pode subir, pode incluir estrangeiros, assim como guias”, disse Mohan Krishna Sapkota, uma autoridade turística local.

Abril é um dos meses mais populares para escalar o Everest, localizado entre Índia e China, antes de a chuva e as nuvens encobrirem a montanha do Himalaia no final do mês que vem.

A estimativa é de que cerca de 300 mil turistas estrangeiros estão no Nepal para a temporada de alpinismo, e autoridades recebem ligações de amigos e familiares preocupados. “Os alpinistas estão espalhados por todo o campo que serve como base e alguns estão mais para cima. É quase impossível entrar em contato com eles”, diz.

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