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A erupção vista a partir da cidade chilena de Puerto Montt: coluna de fumaça do Calbuco atingiu 15 quilômetros de altitude e chegou ao sul da Argentina. | Reuters
A erupção vista a partir da cidade chilena de Puerto Montt: coluna de fumaça do Calbuco atingiu 15 quilômetros de altitude e chegou ao sul da Argentina.| Foto: Reuters

Mais de 4 mil pessoas foram evacuadas devido às duas erupções registradas desde quarta-feira no vulcão Calbuco, no sul do Chile. Não foram registradas mortes e um jovem que escalava o vulcão no momento da primeira erupção, no fim da tarde de quarta-feira, foi encontrado ontem.

90 vulcões

são monitorados pelas autoridades chilenas. O país tem a segunda maior cadeia ativa de vulcões do mundo, atrás apenas da Indonésia. O vulcão Villarrica entrou em erupção no dia 3 de março, forçando a remoção de 3,3 mil pessoas. A última erupção do Calbuco havia sido em 1961.

Situado cerca de mil quilômetros ao sul de Santiago, na região de Los Lagos, e com uma altitude de 2.015 metros, o Cabulco fica a 30 quilômetros de áreas povoadas de Ensenada, Puerto Varas e Puerto Montt. As autoridades chilenas decretaram o alerta vermelho no fim da tarde de quarta-feira.

Ontem, a coluna de fumaça do vulcão atingiu cerca de 15 quilômetros de altitude, em direção ao nordeste, acompanhada de uma chuva moderada de cinzas que levou o governo a decretar alerta sanitário nas áreas vizinhas e a distribuir milhares de máscaras à população. Uma espessa camada de cinzas e pedras pequenas cobriu ruas de cidades vizinhas e rios transbordaram em algumas áreas.

A atividade da erupção foi reduzida no final da tarde de ontem, mas uma enorme coluna de cinzas ainda se deslocava pelo sul do país e pelo território argentino, cancelando voos na região. No início da noite, a Latam Airlines informou que já estava operando normalmente na região.

“Este episódio eruptivo já acabou”, disse Gabriel Orozco, vulcanólogo do Serviço Nacional de Geologia e Mineração. Apesar da diminuição de intensidade, as autoridades não descartam um cenário pior caso ocorra um acúmulo de energia dentro do cone vulcânico. Foi mantido um anel de isolamento de 20 quilômetros ao redor do vulcão com apoio das forças militares.

Equipes de resgate encontraram ontem o alpinista Waldo Flores, a única pessoa que tinha sido dada como desaparecida na quarta-feira, perto do vulcão. “Estávamos quase chegando ao abrigo, paramos para comer alguma coisa, ouvimos um barulho subterrâneo e vimos a fumaça. Descemos correndo e me deu cãibra, então disse aos meus amigos que continuassem correndo”, disse Flores.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, chegou ontem à região com ministros e realizou um sobrevoo. “Nós ainda estamos na tarefa de resgatar as pessoas que podem estar isoladas”, disse Bachelet. Segundo ela, as erupções do Calbuco geraram uma situação pior que a provocada em 3 de março pela explosão do vulcão Villarica, quando foi preciso evacuar a cerca de 3,3 mil pessoas.

O Calbuco fica perto do Villarrica, mas é muito mais potente. Ele ocupa o posto 3 de 90 na escala de vulcões chilenos. A última erupção do Calbuco havia sido em 1961. O Chile tem a segunda maior e mais ativa cadeia vulcânica do mundo, atrás apenas da Indonésia. As autoridades monitoram mais de 90 vulcões no país sul-americano.

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