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O Brasil vive hoje a pior crise dos últimos tempos, talvez a maior desde a redemocratização do país, há 30 anos. É uma crise que alimenta o pessimismo, espraia a desesperança e potencializa a decepção.

Como nação, regredimos e perdemos o que duramente conquistamos. Em todo o país, a sensação é de traição. Fomos traídos em nossa confiança, acreditando que os dados oficiais servissem para revelar a verdade de um país promissor e não para ocultar contas públicas maquiadas.

No Paraná, acreditamos que a contabilidade nacional não era uma peça de marketing, mas expressão da realidade. Com base nisso, fixamos metas, definimos prioridades, fizemos projeções. Infelizmente, não ficamos imunes ao colapso da economia brasileira e, assim como o Brasil, fomos atingidos pela crise.

Nosso objetivo é continuar fomentando a economia do estado, criando empregos em todas as regiões

O orçamento de 2015 foi elaborado com base nos dados que a economia brasileira sinalizava em junho de 2014, quando economistas do governo federal apontavam para uma taxa de crescimento do PIB acima de 4% para o ano corrente. Iludiram o país.

Mas não ficamos de braços cruzados. Tivemos de tomar decisões difíceis. Adequamos, com muito sacrifício, a realidade do Paraná à perspectiva de um Brasil que enfrenta agora a combinação perversa de juros altos, inflação fora de controle e desemprego em marcha.

O Brasil não vai frear o Paraná. Ao contrário, é o Paraná que vai ajudar a empurrar o Brasil para a frente. Já podemos anunciar que o momento mais duro do ajuste do Paraná está terminado, com as medidas aprovadas pela Assembleia Legislativa.

Porém, continuamos adotando ações administrativas para cortar gastos e economizar, em um processo de revisão diária, de racionalização das despesas. Enquanto o Brasil dá mau exemplo com o inchaço da máquina, nós cortamos mil cargos comissionados. Os pagamentos dos nossos fornecedores estão sendo colocados em dia. As obras de infraestrutura estão sendo retomadas gradativamente, em todo o estado.

Sem abrir mão da responsabilidade e do equilíbrio orçamentário, retomamos com força o ritmo das ações, obras e programas de governo que são vitais para o desenvolvimento. Enquanto o Brasil recua, vamos avançar.

Nosso objetivo é continuar fomentando a economia do estado, criando empregos em todas as regiões, fortalecendo a atração de investimentos e a qualidade de nossa infraestrutura. O Paraná não vai ficar paralisado pela crise.

Temos muitos motivos para não nos deixar abater. Consolidamos nossa liderança na agricultura e fortalecemos o crescimento industrial. Geramos o maior ciclo industrial da história paranaense, ao contrário de governos anteriores, quando as empresas iam embora daqui. Estamos investindo, incluindo parcerias com a iniciativa privada, bilhões em infraestrutura.

Fizemos investimentos recordes na educação, na saúde e na segurança pública, com contratações de pessoal, compra de viaturas e equipamentos. Valorizamos o funcionalismo público: desde 2011, garantimos um reajuste médio de 63% para os servidores.

Enquanto o Brasil vê o seu índice de desemprego crescer, o Paraná foi o segundo estado brasileiro que mais gerou postos de trabalho no primeiro quadrimestre. Segundo o Ipea, somos hoje o segundo com o menor índice de desigualdade social e o terceiro estado mais transparente do país, segundo a Controladoria- Geral da União (CGU).

Nosso governo, com disposição permanente para o trabalho, não será lembrado pelas calúnias de seus adversários. Será lembrado como uma referência de trabalho e de eficiência, com resultados concretos que mudam para melhor a vida dos paranaenses. O Paraná é maior do que o pessimismo dos derrotados, do que todas as suas intrigas. O Paraná é maior do que todas as crises.

Beto Richa é governador do Paraná.
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