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À medida que se aproxima o 7 de outubro, dia em que os eleitores estarão diante da urna eletrônica para escolher os candidatos a prefeito e vereador de sua preferência, vão se estreitando os índices daqueles que não se definiram por nenhum dos candidatos. Pesquisas do instituto Datafolha oferecem bons indicativos desse fato: em julho, 63% dos eleitores curitibanos ainda diziam não saber qual candidato escolheriam para prefeito de Curitiba; na rodada divulgada na última quinta-feira, o índice de indecisos já se apresentava em 22% – isto é, a multidão do "não sei" havia encolhido a um terço do ponto inicial.

Note-se, porém, que apenas uma semana nos separa do dia do pleito e, ainda assim, quase um quarto do eleitorado até agora diz não saber em quem votar. A se considerar que a pesquisa é, de fato, um retrato confiável das tendências, vê-se que ainda subsiste um contingente de eleitores capaz de alterar o resultado final deste primeiro turno em Curitiba. Paradoxalmente, os indecisos podem decidir a eleição. Portanto, é compreensível que os candidatos busquem nesse terreno fértil os votos de que precisam para obter êxito na empreitada política que empreenderam.

É lícito imaginar, considerando os 78% dos eleitores curitibanos que já se mostram decididos, que grande parte deles tenha sido influenciada pela farta propaganda com que foram bombardeados nos últimos dois meses, principalmente após a programação do horário gratuito nas emissoras de rádio e televisão. Outros fizeram suas escolhas baseados em suas convicções político-partidárias ou ideológicas. Outros, ainda, por amizade, conhecimento dos candidatos, afinidades religiosas, interesses pessoais, processos de exclusão ou por quaisquer outros motivos indutores normais nos períodos eleitorais. Entretanto, nenhum desses fatores foi capaz de "fazer a cabeça" de expressivos 22% dos cidadãos curitibanos.

Nesta reta final de campanha, quando também crescem os decibéis de ataques mútuos entre os candidatos, mais se torna necessário que o processo de escolha se dê não com base na propaganda (positiva ou negativa) empreendida pelas campanhas, mas em informação confiável e isenta a respeito de quem pede nossos votos. Demonstrada a ineficiência ou a falta de confiabilidade do que se vê e se ouve nas emissoras de rádio e tevê, dos sorrisos forçados pendurados em cavaletes ou do que se lê em santinhos, folhetos e panfletos, para os ainda indecisos há instrumentos de apoio para que, enfim, cumpram conscientemente seu dever/direito de votar em alguém.

Um desses instrumentos é o Candibook – uma iniciativa da Gazeta do Povo que coloca à disposição em seu portal na internet (www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/candidatos) informações tão detalhadas quanto possível sobre cada um dos candidatos, seja a prefeito, seja a vereador. Estão ali registrados seus perfis biográficos, seu passado de militância política ou administrativa, bem como as propostas de trabalho que pretendem colocar em prática se eleitos. Além dessas informações, o eleitor encontra também a facilidade de saber a que partido e coligações pertencem os candidatos e seus respectivos números na urna eletrônica. Os candidatos a prefeito também foram sabatinados pela redação da Gazeta do Povo, e o site www.gazetadopovo.com.br/eleicoes traz as extensas entrevistas concedidas na ocasião.

Esta é hora de os indecisos se decidirem. Muito se fala em melhorar o panorama político diante de tantos escândalos em todas as esferas de governo. O pleito do próximo domingo dá ao eleitor a chance de se fazer ouvir, e seria triste que a oportunidade fosse desperdiçada não por ausência de informação – porque essa, como vimos, está amplamente disponível –, mas pela falta de interesse do cidadão em buscar elementos que ajudem em sua escolha. Votar consciente e informado será sempre a melhor forma de expressar a cidadania.

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