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Vice-governadora participou de sabatina nesta quarta-feira (7) | Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo
Vice-governadora participou de sabatina nesta quarta-feira (7)| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

“O governador tem história, foi deputado, prefeito de Curitiba, governador, e tê-lo no Senado seria importante para o desenvolvimento do estado”. A fala é da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), pré-candidata ao Executivo estadual, durante sabatina da Gazeta do Povo realizada na tarde desta quarta-feira (7).

A fala coloca certa pressão à decisão a ser tomada por Beto Richa (PSDB). O governador tem até o dia 7 de abril para decidir se renuncia ao cargo e concorre a uma das duas cadeiras do estado no Senado ou se permanece no governo até o dia 31 de dezembro. “Obviamente é uma decisão muito particular do governador”, aliviou Cida.

Para Cida, uma eventual eleição de Richa ao Senado ajudaria o estado a ter mais voz junto ao governo federal. “Tê-lo no Senado seria importante para o desenvolvimento do estado, principalmente em empréstimos internacionais. É uma voz paranaense”, decreta. Ao elogiar a atuação do senador Alvaro Dias (Podemos) como um dos parlamentares do estado, ela disse que o momento é de expectativa e de espera. “Tenho conversado [com o governador]. Sou muito paciente e o governador também tem essa característica.”

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A saída de Richa para concorrer ao Senado daria a possibilidade de Cida assumir o governo do estado até o fim do ano. O que, na visão dela, permitiria ser mais conhecida pelo paranaense. “Apenas 30% da população do Paraná me conhece ou já ouviu falar [da vice-governadora]. Vou ter a oportunidade de me apresentar ao Paraná no horário eleitoral e mostrar que estou preparada para assumir o governo”.

Ao longo da entrevista, a vice-governadora lembrou que sempre acompanhou Richa, mesmo em 2002, ano da primeira candidatura do atual governador ao Executivo estadual, quando o PP não o apoiou. E afirmou que não há pressão para que ele se decida sobre qual candidatura apoiar para a eleição estadual, se uma liderada por ela, por Ratinho Jr. (PSD) ou Osmar Dias (PDT).

“Não existe pressão”, afirmou, ao falar sobre a decisão a ser tomada por Richa sobre quem apoiar caso decida permanecer no governo até o fim do mandato. “A decisão é pessoal do governador. Seja qual for a decisão, estará terminando oito anos de mandato ao fim deste ano, e eu estarei ao lado dele. Acompanho o governador Beto Richa desde 2002, quando ele foi candidato pela primeira vez ao governo do Paraná”, lembrou, destacando que pediu licença do partido para apoiar a candidatura, uma vez que a legenda apoiou outro candidato.

“A decisão de apoiar este ou aquele candidato é pessoal do governador. Não posso obrigá-lo. Estamos conversando em colocar nosso plano, a nossa marca de gestão, que é forte e eficiente”. E retomou o apoio ao líder do Executivo, independentemente da escolha que Richa fizer, se por ela, Ratinho Jr. ou Osmar Dias, ou ainda se preferir a neutralidade. “Vou respeitar e estarei até o dia 31 de dezembro finalizando o governo”.

Ela diz torcer para que o grupo da situação se defina por um candidato e que o escolhido conte com o apoio de todos, mas novamente preferiu deixar a decisão para Richa, a quem atribuiu a prerrogativa de condutor das próximas eleições. “Como governador, ele é o condutor desse processo. Como estadista, líder, vai buscar entendimento. Se não der no primeiro turno, vai ser no segundo turno. Todos têm o direito de buscar essa oportunidade”, afirmou.

Ajuste fiscal

Ao longo da entrevista, Cida elogiou o pacote de ajustes fiscais do governo aprovado na Assembleia Legislativa e disse que foi pelo ajuste que o Paraná não sofreu o que estados como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul passaram ao longo de 2017, com problemas para o pagamento do funcionalismo público.

A vice-governadora disse que o funcionalismo paranaense precisa ser bem remunerado, e defendeu ainda, caso seja eleita, que há espaço para rever salários e aumentos. “Mas, veja bem, o Paraná está pagando em dia, antecipou o 13º salário, está pagando as progressões”, completou.

Ela afirmou ter “excelente relação” com os educadores e que é adepta do diálogo. Ao ser lembrada do episódio de 29 de abril de 2015, conhecido como a Batalha do Centro Cívico, disse que acompanhou o evento do gabinete da vice-governadoria, e que não estava ao lado de Richa no momento mais tenso do conflito. Classificou o evento como “lamentável” e disse que os dois lados exageraram.

“Não compactuo com violência. Os dois lados infelizmente exageraram. Espero que nunca mais um evento como esse ocorra novamente. As manifestações são legítimas. Quando você protesta e defende seu ponto de vista, é uma coisa. Quando entra violência no meio, quando se perde a razão, é muito triste”.

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