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Cida Borghetti assume o governo do Paraná no dia 7 de abril. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Cida Borghetti assume o governo do Paraná no dia 7 de abril.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Primeira mulher a governar o Paraná em caráter permanente, Cida Borghetti (PP) não quer ser lembrada apenas por isso depois de 31 de dezembro deste ano. Mesmo porque ela pretende permanecer no cargo até o final de 2022. Para isso, incumbiu o cunhado Silvio Barros de percorrer o estado e elencar as principais demandas do Paraná que possam ser colocadas em prática nos nove meses em que, por enquanto, estão garantidos a ela na chefia do Executivo estadual. O conteúdo é mantido em sigilo. O objetivo: tirar do papel o máximo de medidas que for possível e, assim, garantir a reeleição.

Ex-prefeito de Maringá (2005-2012) e ex-secretário de Planejamento no segundo governo Beto Richa (PSDB), Silvio ouviu cerca de 360 lideranças dos setores público e privado e dividiu o resultado das audiências em 11 áreas (11 é o número do Partido Progressista): infraestrutura, desenvolvimento econômico, meio ambiente, inovação e tecnologia, cultura, educação, segurança pública, saúde, desenvolvimento social, gestão e esporte.

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Questionado sobre os principais gargalos que identificou, porém, preferiu manter o segredo. Segundo ele, o documento foi entregue a Cida na semana passada com medidas que possam ser realizadas ainda no atual mandato. “Obviamente surgiram contribuições que não eram factíveis em apenas nove meses. Por isso tratamos somente do que dá para fazer dentro desse tempo e também com os recursos financeiros disponíveis até o final do ano”, afirma. “Também é importante ressaltar que não se trata de um plano de governo para a eleição. Isso está a cargo da equipe de trabalho da Cida que atuará na campanha eleitoral.”

Um dos motivos de a governadora a partir de 7 abril não revelar seus principais projetos para o estado tem relação com Richa. Em primeiro lugar, Cida não quer criar qualquer embaraço na relação entre eles colocando o “carro na frente dos bois”, afinal o tucano ainda está no comando do Palácio Iguaçu. E também não pretende passar a imagem de que irá mudar os rumos de um governo do qual fez parte como vice.

Após o anúncio de Richa de que renunciaria ao cargo, na última segunda-feira (26), a própria Cida fez questão de ressaltar que fará uma gestão de “continuidade”. “Acredito que ela vá apresentar o documento ao governador para ouvir a opinião dele, até para tomar o cuidado de não fazer coisas que não caracterizem essa continuidade. A Cida foi parceira do Beto desde o começo e entendo que será até o final”, argumenta Silvio Barros.

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Cotado para assumir a Casa Civil no governo da cunhada, Silvio Barros, no entanto, garante que esse assunto não foi discutido. “Ela não me manifestou isso, ou estaria sentando na cadeira antes da hora. Em virtude da minha experiência em planejamento estratégico e por conhecer a máquina do governo, me ofereci apenas para elaborar esse mapa de navegação para os próximos nove meses.”

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