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 | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) vive momentos bastante distintos no Paraná e em âmbito nacional. Enquanto a paranaense é apontada como uma das principais apostas do partido para o seu projeto de “reconstrução”, a petista vem perdendo espaço no estado que a projetou e no qual começou sua militância política. Em meio a novas denúncias relacionadas à Lava Jato – que apontam que campanhas de Gleisi receberam dinheiro de caixa 2 –, a estratégia da paranaense parece clara: colar na popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Candidata

Na semana passada, Gleisi lançou sua candidatura oficial à presidência do PT – que disputará com o senador Lindbergh Farias. A paranaense é a apoiada pela Construindo um Novo Brasil (CNB) – corrente majoritária do partido – e pelo próprio Lula. Em carta aberta publicada no site do PT e em redes sociais, Gleisi defende o fortalecimento do partido e a “volta de Lula” nas eleições de 2018. No texto, ela evoca “avanços sociais” consolidados pelo ex-presidente.

“Por isso é preciso Lula de Volta! Pra fazer o que já foi feito e muito mais. Resgatar o sentimento de Nação, de esperança e orgulho do povo brasileiro”, escreveu.

Um dos expoentes da CNB, o deputado federal José Guimarães defende a candidatura de Gleisi, classificando a paranaense como “uma mulher, guerreira, parlamentar brilhante e integrante de uma geração de petistas forjada na convivência com Lula”. Para ele, a militante deve simbolizar a renovação do partido. “A candidatura da senadora Gleisi Hoffmann representa, portanto, um firme compromisso da CNB com as mudanças efetivas no PT”, escreveu o parlamentar.

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No Paraná

Apesar do destaque conquistado em âmbito nacional, Gleisi parece, cada vez mais, perder forças no Paraná. As denúncias envolvendo a petista e o marido dela, Paulo Bernardo, parecem ter tido mais impacto aqui no estado.

O capítulo mais recente desta história foi escrito no último domingo (9), quando o partido elegeu presidentes para seus diretórios municipais. Em Curitiba, a eleição foi vencida pelo bancário André Machado Castelo Branco, ligado à corrente que apoia a candidatura de Lindbergh Farias.

Nem mesmo o fato de a senadora ter vindo a Curitiba e feito uma via crucis pelas zonas eleitorais foi capaz de impedir a vitória do candidato ligado a seu adversário.

Nas duas últimas eleições majoritárias de que participou – para a prefeitura de Curitiba, em 2008, e ao governo do Paraná, em 2014 – Gleisi terminou derrotada. Na corrida ao Palácio Iguaçu, a petista teve apenas 14% dos votos. Na disputa pelo comando da capital paranaense, ficou com 18%.

Ao longo desta semana, a Gazeta do Povo fez pedidos de entrevista à senadora, mas não houve retorno.

Investigação na Lava Jato

Em meio à disputa pela presidência nacional do PT, ambos os candidatos – Gleisi e Lindbergh – se veem atingidos por novas denúncias. Ambos estão entre os políticos que serão investigados sob autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). As denúncias em relação à paranaense apontam que campanhas de Gleisi teriam recebido dinheiro de propina, via caixa dois, intermediada por Paulo Bernardo. Segundo os delatores, pelo menos R$ 2 milhões foram destinados ao financiamento de eleições em que a petista concorreu.

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