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| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo/Arquivo

A falta de infraestrutura elétrica em regiões agroindustriais criou um impasse para a instalação do novo frigorífico da cooperativa Frimesa, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná. A área escolhida não é atendida pela rede de alta tensão, e desde 2015 a prefeitura e representantes da Frimesa negociam com a Copel a prestação do serviço. A Copel, por sua vez, diz que o investimento para a expansão da rede precisa ser bancado pela própria cooperativa, com coparticipação da concessionária de energia.

A empresa está próxima de conseguir a Licença de Instalação para dar início às obras, provavelmente em maio. O investimento é alto: R$ 2,7 bilhões. A questão do fornecimento de energia, porém, ainda não está pacificada. Na cidade há a expectativa de que a Copel banque a obra, mas a concessionária decidiu ainda em fevereiro de 2016 que não poderia atender ao pedido.

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A Copel informou, via assessoria de imprensa, que é preciso seguir as normas da Resolução nº 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a qual trata do fornecimento de energia. O artigo nº 40 diz que a distribuidora deve atender gratuitamente apenas solicitações de unidades residenciais, de baixa tensão. A Frimesa entra no grupo industrial, de alta tensão.

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Segundo a Copel, a Frimesa teria concordado com as condições de fornecimento ainda em 2016, e já contratado uma empresa para elaboração do projeto e execução de obras para a ligação, prevista para o próximo ano.

Entretanto, em fevereiro de 2017, durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, o diretor da Frimesa, Elias Zydek, sinalizou que ainda espera um acordo com a Copel. “Estamos discutindo quem irá realizar esses investimentos. Em nossa avaliação, a rede pública é atribuição da Copel. Estamos em fase de entendimento e esperamos encontrar uma solução viável para todos”, disse ao boletim Paraná Cooperativo. Segundo ele, a rede poderá atender a outras indústrias que se instalem próximo ao novo frigorífico.

Também em fevereiro de 2017, o prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, divulgou que participou de uma reunião com a Frimesa para tratar justamente do assunto. É grande a expectativa local com a expansão da cooperativa. A nova estrutura, quando concluída, deve gerar 5,5 mil empregos diretos e 3 mil indiretos. Com isso, será o maior frigorífico da América Latina.

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A reportagem procurou a Frimesa, que informou que o assunto ainda está em negociação. “Este assunto será tratado com o presidente da Copel na primeira quinzena de maio”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa.

O prefeito de Assis Chateaubriand também foi procurado, mas não retornou ao pedido de entrevista. O local escolhido pela Frimesa fica a 15 quilômetros do município, onde não há rede de alta tensão.

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