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Sergio Moro, juiz da Operação Lava Jato. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Sergio Moro, juiz da Operação Lava Jato.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O juiz federal Sergio Moro enviou uma mensagem de solidariedade ao promotor do Ministério Público do Paraná Carlos Alberto Hohmann Choinski, que atua nas investigações da Operação Quadro Negro, sobre desvios de recursos na construção de escolas. A informação foi dada pelo próprio promotor e confirmada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná. O conteúdo da mensagem, entretanto, não foi revelado.

A saída de Choinski do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) gerou um conflito de versões entre o promotor e o procurador-geral do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Ivonei Sfoggia.

Choinski acumula o trabalho no Gepatria com a Coordenadoria de Recursos Cíveis. A Procuradoria-Geral do MP, no entanto, considera que o ideal é que os promotores do Gepatria atuem com exclusividade no grupo, sem acumular trabalho em outras promotorias.

“Neste quadro, foi dada a opção ao Choinski de continuar no Gepatria ou ficar na Coordenadoria de Recursos Cíveis [onde o promotor também está lotado]. Disse isso a ele ontem [na terça-feira]: se ele quiser continuar na investigação do Gepatria, eu vou colocar outro promotor para substituí-lo na Recursos Cíveis e vice-versa”, disse o Sfoggia, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo.

Já Carlos Alberto Choinski contesta a versão do Procurador-Geral. Segundo ele, somente na terça-feira (24), mesmo dia em que o assunto se tornou público em reportagem da Gazeta do Povo, foi dada a ele a possibilidade de optar por seguir na Quadro Negro ou nos Recursos Cíveis.

“Estão falando que fiz minha opção espontaneamente, mas não fiz. Eles me chamaram falando que eu ia sair [da Quadro Negro]. Claro que o trabalho institucional fica, mas eu iria abdicar assim de dois anos de trabalho?”, questiona o promotor em nota.

Questionado se optará por permanecer atuando na Quadro Negro, Choinski declara que, para se preservar, só anunciará sua decisão após receber do MP-PR um documento em que seja apresentada formalmente a oferta de escolher em que esfera atuar dentro do órgão.

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