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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A procuradora-geral da República Raquel Dodge tem dado prioridade máxima aos processos que envolvem a Lava Jato. Um deles em especial – a ação penal que tem como ré a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo (governos Lula e Dilma Rousseff) e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues – Dodge considera praticamente finalizada.

Tanto que a equipe da procuradora solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que não sejam realizadas novas diligências na ação que apura se a senadora de fato recebeu R$ 1 milhão de caixa 2 oriundos de contratos na Petrobras para abastecer a campanha ao Senado em 2010. Os três réus são acusados dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Gleisi, que atualmente é presidente nacional do PT, é ré desde setembro do ano passado e o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, já ouviu todas as testemunhas de acusação e defesa indicadas na ação penal. Dodge pede “que novas diligências sejam determinadas apenas se forem céleres, bem como demonstradamente relevantes e essenciais à apuração dos fatos”.

A PGR ainda aguarda, inclusive, que a prestação de contas da senadora no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná seja anexada logo no processo que tramita no STF. Até o momento, nenhum documento referente à prestação de contas eleitoral de Gleisi foi anexado ao processo que tramita na Suprema Corte.

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Há menos de dez dias os advogados da senadora reagiram à solicitação de Dodge ao Supremo. O advogado Rodrigo Mudrovitsch apontou que o pedido para a apresentação da prestação de contas da senadora “não se justifica” na atual fase em que o processo está, em que cabe chamar outras testemunhas para esclarecer dúvidas, por exemplo. Está nas mãos – e sem prazo – de Fachin decidir se todos os documentos e testemunhas (seja de acusação e defesa) já ouvidas são suficientes para julgar a senadora culpada ou inocente.

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A Lava Jato no Supremo já soma mais de 180 inquéritos, dos quais seis já tiveram denúncia oferecida pela PGR. Estes inquéritos e ações penais dizem respeito apenas a processos em tramitação no gabinete de Fachin, relator da Lava Jato no STF para os casos que envolvem a Petrobras.

Segundo dados da Procuradoria, os processos da Lava Jato no Supremo já resultaram em 120 acordos de colaboração premiada já homologados. Também já foram oferecidas 35 denúncias e repatriados quase R$ 80 milhões.

Na segunda-feira (6), a presidente do STF, Cármen Lúcia, autorizou o remanejamento de cinco servidores do tribunal para o gabinete de Fachin, com o propósito de reforçar os trabalhos na condução dos inquéritos da Lava Jato e demais ações relacionados à operação.

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