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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Depois de o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) declarar que Aécio Neves (PSDB-MG) não deveria disputar eleição neste ano, o senador mineiro respondeu sugerindo que a decisão não compete a ele. “Isso será resolvido em Minas Gerais, como sempre foi, pelos mineiros, no tempo correto, levando obviamente em consideração todas as circunstâncias”, disse o senador.

Mais cedo, nesta quarta-feira (18), Alckmin disse à rádio Bandeirantes que “é claro que o ideal é que ele não seja candidato, é evidente”. Aécio se tornou réu, acusado de corrupção e obstrução de Justiça em decorrência da delação da JBS.

O senador mineiro afirmou que ainda não decidiu se disputará a eleição e, em caso afirmativo, qual cargo. “É uma decisão coletiva que vamos tomar no momento certo em função do quadro eleitoral de Minas Gerais”, reiterou. Há uma preocupação no PSDB de que o episódio envolvendo Aécio, que conquistou 51 milhões de votos na eleição presidencial de 2014, contamine a campanha de Alckmin.

O presidenciável tucano, que saiu da mira imediata da Lava Jato ao ter o inquérito encaminhado à Justiça Eleitoral diferenciou Aécio, que ainda será julgado, do ex-presidente Lula (PT), que foi preso após condenações em duas instâncias. “Tem uma tendência de se dizer que todo mundo é igual. Não é igual, é bem diferente”, afirmou Alckmin.

Aécio se defendeu citando Alckmin. “Como diz o próprio governador, não podemos tratar coisas diferentes como se fossem iguais. Esse episódio JBS nada tem a ver com Lava Jato, nada tem a ver com assalto à Petrobras ou a empresas públicas. Não há dinheiro público envolvido nisso”, disse. 

“O que houve, e eu acredito que nesse momento agora das investigações e do processo isso vai ficar claro, foi uma criminosa armação entre os irmãos Batista, em busca dos benefícios da sua delação, e setores do Ministério Público, que na verdade buscaram transformar uma relação privada, sem qualquer contrapartida, em algo com aparência de ilegalidade.”

A ação contra Aécio decorre de gravação feita em março de 2017 na qual o tucano pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS. O valor foi entregue em parcelas a pessoas próximas ao tucano, segundo a acusação. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a um primo dele.

Sobre a campanha de Alckmin, que tem ao redor de 8% da intenção de voto segundo o Datafolha, Aécio disse acompanhar “o esforço que o [ex-]governador vem fazendo para fortalecer a sua candidatura. Torço para que ele tenha êxito, porque isso é o melhor para o Brasil”.

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