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Proposta foi cogitada em encontro entre Rodrigo Maia e o presidente  Michel Temer no sábado, no Rio de Janeiro | Evaristo Sa/AFP
Proposta foi cogitada em encontro entre Rodrigo Maia e o presidente Michel Temer no sábado, no Rio de Janeiro| Foto: Evaristo Sa/AFP

Em conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer cogitou a criação de um imposto exclusivo para a segurança pública. O encontro aconteceu no sábado (17), no Rio de Janeiro, e tinha como objetivo discutir a intervenção federal no estado e a criação do ministério extraordinário da segurança pública. As informações são do blog de Andréia Sadi, no portal G1.

A proposta de um novo imposto, entretanto, não obteve apoio de Maia. Segundo ele, o decreto de intervenção impossibilita qualquer proposta de emenda à Constituição. Além disso, o presidente da Câmara diz ser contra o aumento de impostos. “O governo que corte ministérios e reduza despesas públicas. (...) Não é no Congresso que eles vão resolver isso, é uma decisão do Executivo”, disse o presidente da Câmara à jornalista Andréia Sadi.

As declarações ocorrem em um momento delicado da relação entre Temer e o Legislativo. Depois da retirada da reforma da Previdência da pauta, Maia deu duras declarações em relação a um novo pacote econômico proposto pela equipe de Temer, afirmando que o pacote cheira a “café velho e frio”. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também fez críticas ao governo, dizendo que não é o Executivo quem determina a agenda do Congresso.

A acusação do ex-presidente Lula de que Temer busca se cacifar para as eleições de outubro com a ação de intervenção no Rio dá pistas da motivação de Maia em minar a relação com o Planalto. O deputado do DEM se apresenta como pré-candidato a presidente em outubro e anseia ser o candidato da situação, com apoio do governo. Se Temer decidir concorrer à reeleição, o projeto político do presidente da Câmara pode sofrer um abalo.

Procurada pelo blog de Andréia Sadi, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que não comentaria as declarações de Maia.

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