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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou lealdade ao presidente Michel Temer (PMDB), nesta sexta-feira (7), no momento em que há defesa de seu nome por aliados do PSDB e do seu partido como alternativa viável à crise que desestabiliza a posição do peemedebista na Presidência. “Eu aprendi em casa a ser leal, a ser correto e serei com o presidente Michel Temer sempre”, disse o democrata, em Buenos Aires, ao participar do encerramento do Fórum de Relações Internacionais e Diplomacia Parlamentar.

Questionado sobre o movimento entorno do seu nome, o presidente da Câmara disse ser “pura especulação” da imprensa. “Já começam a tratar que eu estaria usando a súmula 13 do Supremo (que veda nepotismo nos Três Poderes) para que ministro o Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) não continuasse. Mas o ministro Moreira Franco não é meu sogro, ele é casado com a minha sogra. Para você ver o nível de irresponsabilidade de alguns na imprensa brasileira também”, criticou.

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Maia reiterou que, apesar de não ser seu papel defender o presidente, não mudará sua posição: “Eu sou presidente da Câmara. O meu partido e eu, pessoalmente, somos aliados do presidente Michel Temer apesar de toda a crise. Eu disse ao presidente do meu partido no primeiro dia da crise que se acontecesse alguma coisa o DEM deveria ser o último a desembarcar do governo”, disse.

O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que o partido mantém o apoio ao governo e não vai “precipitar” um eventual afastamento do presidente. Segundo ele, como Maia é o primeiro na linha sucessória da Presidência da República, a legenda não vai “empurrar nenhuma solução” para a saída de Temer.

Agripino diz que, caso a denúncia seja aceita pela Câmara e Temer seja afastado, o DEM vai apenas seguir o que determina a Constituição e “manter seu compromisso com o país”. Neste caso, Maia assumiria o cargo por até 180 dias até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso. Se Temer for condenado, o democrata também é considerado o candidato o favorito em caso de eleição indireta.

Aceno dos tucanos

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), fez um aceno na quinta-feira (6) a Maia para uma eventual sucessão do presidente. Caso a denúncia contra o peemedebista seja aceita pelos deputados e ele seja afastado do cargo, Maia assumiria provisoriamente o cargo por até 180 dias até o STF julgar o caso.

Sobre um cenário hipotético de transição, caso Temer deixe o cargo, Tasso avalia que a equipe econômica do atual governo deveria ser mantida para manter a estabilidade. “O governo tem que ser o mais próximo possível do intocável em termos de postura ética”, completou.

Tasso admite que está conversando com todas as legendas sobre o assunto. “Eu acho que o ideal é envolver todos os partidos, inclusive os de esquerda”, defendeu o tucano.

Nesta sexta (7), porém, ele afirmou que sua fala de que em 15 dias o país terá “um novo presidente” foi apenas “força de expressão”, e que não se pode falar em prazos.

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