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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os policiais federais ameaçam ir para as ruas e chamar movimentos sociais e a população para protestar em frente ao Congresso Nacional contra o governo. A motivação desse movimento é o adiamento do reajuste dos servidores federais para o ano que vem e outras medidas como a destinação de recursos para emendas dos parlamentares. Numa reunião tensa na quarta-feira (30) no Ministério do Planejamento, o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck, num tom forte, afirmou ao representante da pasta que os agentes da PF irão dar segurança aos manifestantes.

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“Vamos para a rua e vamos chamar a população para ir para a frente do Congresso combater essa MP e esse projeto de lei. Isso ainda não fizemos. Os policiais federais ainda não botaram a cara e chamaram a população e garantiram a segurança dos movimentos sociais. Chega de teatrinho, para colocar gente para soltar bomba de gás. Vamos garantir a segurança e convocar toda população para acabar co, esse escárnio”, disse Werneck durante reunião com o secretário de Gestão de Pessoas e Relação de Trabalho do ministério, Augusto Akira Chiba.

Esse momento da conversa foi filmado pelo pessoal da Fenapef e o vídeo está circulando nas redes sociais. Werneck, que estava acompanhado de outros dirigentes sindicais da entidade, ameaçou também entrar com ações judiciais em todo o país contra as decisões do governo em postergar o pagamento do aumento e outras medidas do governo. Quando citou uma MP (medida provisória) e um projeto de lei, Werneck disse que falava sobre o “pacote da maldade do governo como um todo”.

Ele também criticou a liberação de emendas parlamentares. “Você gasta R$ 6 bilhões em emendas parlamentares e vem com essas medidas e dizem que vão poupar, em tese, R$ 10 bilhões. Vocês estão errando na conta que é uma beleza. Mas torraram R$ 6 bi em emendas”.

Werneck afirmou ainda que para ele não há problema em responder, por suas ações, mais um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) na corporação. “Não vamos nos calar. Se necessário for vamos botar a cara. O PAD, eu respondo todo mês. Um a mais, um a menos não faz diferença”.

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