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Ex-senador Delcídio do Amaral acusou ex-presidente Lula de tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró. | Beto Barata
/Agência Senado
Ex-senador Delcídio do Amaral acusou ex-presidente Lula de tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró.| Foto: Beto Barata /Agência Senado

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta sexta-feira (1) a absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do banqueiro André Esteves no processo que investiga a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O processo tramita na Justiça Federal de Brasília. Para o MPF, não há provas de que Lula teria participado do esquema criminoso. O MPF também pediu para que o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT) perca os benefícios obtidos a partir do acordo de colaboração premiada firmado por ele na Lava Jato por ter mentido no acordo.

De acordo com o procurador Ivan Cláudio Marx, as provas coletadas mostraram que Delcídio tinha motivos para tentar evitar que Cerveró firmasse o acordo de colaboração premiada. O principal deles era impedir a revelação de que ele (Delcídio) recebeu R$ 4 milhões da construtora UTC, como propina, e que o dinheiro foi usado em caixa 2 em sua campanha ao governo do estado do Mato Grosso.

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Para tanto, e por orientação do então advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, nos primeiros anexos entregues ao MPF Nestor Cerveró informou falsamente que os valores foram destinados à campanha presidencial de Lula naquele ano de 2006. Segundo o MPF, “Delcídio estava agindo apenas em interesse próprio. E Cerveró estava sonegando informações no que se refere a Delcídio, e não sobre Lula, a quem inclusive imputava fatos falsos, no intuito de proteger Delcídio”.

Entenda o caso

A tentativa de compra do silêncio de Cerveró veio à tona depois que o filho dele, Bernardo Cerveró, gravou uma conversa com Delcídio. No diálogo, o senador ajuda a elaborar um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras. As revelações levaram à prisão de Delcídio, em 2015. Ele foi o primeiro senador preso durante o exercício do mandato.

Ele foi cassado pelos colegas por quebra de decoro parlamentar e acabou firmando um acordo de colaboração premiada com o MPF.

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