• Carregando...
 | Reprodução/Twitter
| Foto: Reprodução/Twitter

“No dia que alguém for impedido pelo Ministério Público ou pelo desejo de petistas de viajar por seu próprio país, teremos instalada a ditadura e o totalitarismo”. Assim o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu a representação feita na terça-feira (22) pelo diretório municipal do PT de São Paulo junto ao Ministério Público Estadual.

Na representação, o PT acusa o prefeito de improbidade administrativa por conta de suas viagens pelo Brasil. Segundo o partido, seriam para fins eleitorais, em desacordo com o interesse público da função de prefeito.

Doria falou à reportagem nesta quarta-feira (23) durante mais uma de suas viagens. O prefeito esteve no Espírito Santo, onde foi recebido com protestos, gritos de “fascista”, bate-boca e confusão na frente da Câmara de Vereadores de Vila Velha (7 km da capital Vitória), onde recebeu o título de cidadão vila-velhense, sem antes ter pisado na cidade. Para evitar o encontro com manifestantes, o prefeito entrou pelos fundos do prédio.

Leia também: Da ovada à sarrada – Doria e Lula estão em guerra pelo Nordeste

“O PT e o Lula produziram essa intolerância, onde as pessoas acham que a verdade é só a do Lula. Quantos bandidos já nasceram nessa cidade (de Vila Velha) e nem só por isso foram homenageados. Por que alguém que nunca esteve não pode receber homenagens?”, rebateu enquanto militantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo protestavam do lado de fora da Câmara e tentavam entrar no plenário onde acontecia a homenagem.

Contra-ataque

Agora, enquanto aguarda o Ministério Público Estadual receber parecer da assessoria técnica da Procuradoria-Geral para análise da acusação do PT, João Doria segue para o contra-ataque.

“Uma acusação destas, vindo do PT, é bizarra, para não dizer ridícula. É o partido que promoveu a maior falcatrua com dinheiro público na história do país. Viajo com o meu avião e uso o meu dinheiro na condição de prefeito da maior cidade brasileira e como vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos”, justificou.

Leia também: Entre Doria e Alckmin para 2018, brasileiro prefere nenhum dos dois

Batendo na tecla de que suas viagens – em sete meses, Doria saiu de São Paulo três vezes mais que seu antecessor, Fernando Haddad (PT) – não possuem cunho eleitoreiro e aura de pré-corrida presidencial, o prefeito avaliou como “ótima” a postagem no Twitter do governador Geraldo Alckmin, na manhã desta quarta, de que quer ser candidato à Presidência.

“Ele tem todo o direito de pleitear e trabalhar por isso. Eu, no entanto, não estou em pré-campanha e não me apresento como pré-candidato”, falou.

Doria, que movimentou 11 viaturas policiais e 32 homens fazendo a segurança da Câmara de Vereadores de Vila Velha durante o protesto, saiu carregando chocolates, uma panela de barro e bradando: “O que fazem é uma agressão covarde e não há rojões ou ovadas que vão me calar”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]