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A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e o deputado Pedro Uczai (PT-SC) durante discussão e votação de propostas legislativas na Comissão de Educação, nesta quarta-feira (27)
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e o deputado Pedro Uczai (PT-SC) durante discussão e votação de propostas legislativas na Comissão de Educação, nesta quarta-feira (27)| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Durante reunião da Comissão de Educação, nesta quarta-feira (27), o membros do colegiado ligados a partidos da esquerda impediram a aprovação de uma moção de repúdio proposta pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO) contra um professor de história da Escola Estadual de Educação Básica São Tarcísio, em São Bonifácio (SC), que foi gravado enquanto ameaçava alunos que chamaram o presidente Lula (PL) de “ladrão”.

“A esquerda votou contra a moção de repúdio contra esse ‘professor’. E ainda foi divulgado pela mídia como ‘derrota bolsonarista’. Quem perde são os alunos, que são obrigados a ter um ativista desequilibrado e criminoso dentro de sala de aula ao invés de um professor decente”, escreveu na rede social X o deputado e presidente da Comissão, Nikolas Ferreira (PL-MG).

Na gravação compartilhada pelo deputado, além de dizer que os alunos poderiam ser presos por chamar Lula de “ladrão”, o professor afirmou que “ladrão” seria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem também chamou de “nazista” e fascista”.

Logo no início da reunião da quarta-feira, a esquerda gerou tumulto ao ameaçar obstruir a votação do requerimento.

Entre as vozes mais ativas contra o requerimento estavam a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e o deputado do PT de Santa Catarina, Pedro Uczai.

Para os governistas, a moção de repúdio teria o objetivo de colocar pais contra professores. O requerimento foi rejeitado por 20 votos a 13. 

“Se tem uma pauta aqui nessa comissão que é de assunto nacional é a frequência com que militantes travestidos de professores contribuem para a corrosão do sistema de educação brasileiro”, argumentou o deputado Gustavo Gayer, autor do requerimento.

Após a votação, o deputado Rogério Correia (PT-MG) debochou do resultado. “Nós queremos que os temas da Educação sejam votados. Ele (Nikolas) quer apenas lacrar. Perdeu. Perdeu, mané”, disse Correia.

O deputado Nikolas Ferreira reclamou da composição do colegiado e disse que a Comissão está “desbalanceada”.

“Acredito que ainda tem de haver uma mudança de composição da Comissão para que haja um equilíbrio maior. Mas é tudo uma questão de acordo, questão de comprometimento de deputados para que a gente consiga ter vitórias nas votações”, disse.

O próprio Nikolas virou alvo do governo por ter chamado Lula de "ladrão" durante a Cúpula Transatlântica da Organização das Nações Unidas (ONU), em novembro de 2023.

Em janeiro deste ano, o então secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que estava no comando da pasta, solicitou que o caso fosse investigado pela Polícia Federal.

No início deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da abertura de um inquérito contra o deputado.

Além de Nikolas, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) informou que recebeu uma intimação da Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos por ter chamado Lula de "ladrão".

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