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Um homem de 35 anos, que morreu na última sexta-feira (21) em Londrina de "causa desconhecida", teve o resultado confirmado de gripe A H1N1. A diretoria de epidemiologia da secretaria municipal de Saúde deverá investigar se a causa da morte está relacionada com a gripe A. ao todo, a cidade contabiliza 192 casos confirmados da doença.

Durante a manhã, o secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, havia confirmado a morte do paciente por gripe A. Mas a família questionou a informação e a Saúde de Londrina voltou atrás.

Segundo o secretário, o atestado de óbito diz que o homem morreu de "causa desconhecida". Entretanto, o resultado do exame do material colhido na sexta-feira, que ficou pronto na noite de segunda-feira (24), deu positivo para H1N1.

Por causa disso ele foi contabilizado como sendo um óbito com gripe A, sem necessariamente ter morrido da doença. "Ele não é um caso tratado e curado, não é um caso positivo em tratamento, então ele foi para as estatísticas como sendo um óbito que teve o H1N1. A morte e a presença do vírus são coisas distintas. Se eles se encontrem lá na frente, a gente vai deixar para o serviço de epidemiologia verificar", observou.

O farmacêutico de 35 anos, conforme disse Agajan, teve uma parada cardiorespiratória no início da manhã do dia 21 na residência dele e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Os socorristas chegaram a reanimá-lo, mas ele morreu a caminho do hospital.

Agajan informou que às 6h16, o Samu recebeu a chamada. Às 6h21, a ambulância se deslocou e chegou ao local do atendimento às 6h25. "Lá eles constataram a parada cardiorrespiratória e pediram reforço às 6h33. Então fizeram uma reversão da parada cardiorrespiratória ainda no domicílio. Melhorou e levaram ele para o hospital", disse. O secretário afirmou que o paciente deu entrada no hospital às 7h06, quando teve nova parada cardiorrespiratória, "irreversível".

O resultado positivo do exame para a nova doença surpreendeu o secretário, pois o homem não apresentou nenhum sintoma da gripe A. "Questionamos a família sobre o estado de saúde dele e os parentes disseram que ele estava bem no dia anterior à morte. Na investigação epidemiológica, com informações colhidas com colegas de trabalho, foi constatado que ele tinha dores pelo corpo, febre baixa em torno de 37,5°, sinais de cansaço e tosse. Como ele era farmacêutico, tomou um medicamento para tirar a dor, mas na manhã do dia 21 apresentou dificuldades para respirar e teve uma parada cardíaca", explicou.

Outras mortes na cidade

O primeiro óbito foi registrado no dia 14 de agosto, a vítima foi uma mulher de 52 anos, que trabalhava no serviço público, e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, administrado pela Irmandade Santa Casa (Iscal).

A segunda morte ocorreu no dia 16 de agosto. Uma mulher de 32 anos morreu depois de permanecer internada na UTI do Hospital Universitário (HU) por seis dias.

As outras cinco mortes registradas pela Secretaria de Saúde foram de pessoas de outras cidades: um menino de quatro anos de Arapongas, um homem de 36 anos e uma mulher de 27 anos de Rolândia, uma mulher de 37 anos de Ibiporã, um homem de 31 anos de Curitiba.

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