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Serviços de economia compartilhada, como o Uber, vieram para ficar, na opinião de especialistas. Por isso é dever do Estado ser ágil para regulamentá-los. | Fernanda Carvalho/Fotos Publicas
Serviços de economia compartilhada, como o Uber, vieram para ficar, na opinião de especialistas. Por isso é dever do Estado ser ágil para regulamentá-los.| Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Publicas

O Uber diz que o serviço prestado pelos seus motoristas é legal. Os taxistas, que não é. A briga entre “velho e novo” é um impacto possível que a chamada “economia compartilhada” tem sobre os mercados tradicionais. O melhor caminho para evitar estes “stress social” e garantir concorrência leal é a regulamentação, na opinião do consultor Carlos Peres, líder da Região Sul da PwC Brasil.

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Em geral, a economia criativa traz serviços modernizados, muitas vezes com um padrão de qualidade elevado, e soluções voltadas às demandas do mundo contemporâneo. Traz novas oportunidades na geração de emprego, por um lado. De outro, vai concorrer com um serviço já estabelecido, com carga tributária e geração de empregos já estabelecida.

‘A agilidade do Estado é fundamental para fazer uma avaliação e rápida propor a regulamentação destes novos serviços sem causar desequilíbrio ou concorrência desleal”, avalia Peres. “Sem regulamentação você corre o risco de ter uma situação caótica, e ter o confronto das pessoas que não aceitam [os novos serviços]”.

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A economia compartilhada perpassa pelo menos quatro das cinco “megatendências” elaboradas pela PwC, para tentar dar uma resposta às mudanças que atingem o mundo globalizado. Na tendência de “urbanização acelerada”, a economia compartilhada pode responder a problemas de infraestrutura das grandes metrópoles, como falta escassez de ruas, moradias.

Muitos serviços compartilhados se ligam à tendência de “avanços tecnológicos” por estarem diretamente ligados à internet, à questão digital, e por utilizarem os aplicativos para telefone como sua base de funcionamento. Esta nova economia também pode responder à escassez de recursos naturais, ao propor uma maior racionalidade destes recursos. Por fim, a tendência do envelhecimento da população pode buscar resposta nestas novas modalidades, uma vez que muitos serviços compartilhados são voltados para uma população de mais idade, na opinião do consultor.

Para Peres, a economia compartilhada veio para ficar. Em um primeiro momento devem conviver com os mercados antigos. Mas é possível que alguns setores tradicionais sejam descontinuados, com o passar dos anos.

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