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Mãe acusa diretor de shopping de agredir verbalmente filho especial

Segundo post publicado em rede social, caso ocorreu dentro de uma confeitaria do Shopping Novo Batel. Estabelecimento contesta versão divulgada

Um post publicado nesta quinta-feira (20) na rede social Facebook questionou a postura do diretor de shopping de Curitiba, que teria chamado um jovem portador de necessidades especiais de “inconveniente”.

A publicação foi feita pela curitibana Dora de Paula, que acusa diretor do Shopping Novo Batel por supostas ações intolerantes cometidas contra o filho dela. O post não deixa claro qual é o tipo de deficiência ou condição do jovem, e fala que o caso ocorreu dentro de uma confeitaria do estabelecimento. O shopping contesta a versão publicada na internet e disse que a mulher não entendeu uma observação feita pelo cliente.

De acordo com o texto de Dora, que vive na França há 25 anos e está em Curitiba neste momento, o diretor do shopping teria dito em voz alta que o menino especial estava atrapalhando o “seu chá”, e teria acrescentado que o garoto era “inconveniente” e que ele não tinha condições de frequentar um lugar público, portanto, “deveria estar em casa”.

O diretor ainda teria falado à mãe que ela não sabia cuidar do garoto. Essas frases, de acordo com o post, teriam sido ditas depois que o jovem se manifestou em voz alta.

Ainda na publicação – que já havia somado 3.470 curtidas até o meio-dia desta sexta-feira (21) – Dora questionou a postura do diretor e indagou se esse seria o procedimento comum do executivo.

“Quando uma mãe frequenta o seu Shopping com um bebê que chora ou fala alto no telefone devemos expulsá-los também? O que nos deveríamos ter feito, ido embora para o senhor poder tomar o seu chá? A solução eh trancar estas pessoas para que elas não incomodem o padrão da normalidade estética e auditiva deste mundo? [sic]”.

Shopping contesta versão e diz lamentar o ocorrido

Uma nota enviada pela assessoria de imprensa do Shopping Novo Batel (leia o teor na íntegra no fim da reportagem) contesta a versão que está sendo veiculada nas redes sociais. De acordo com o texto, o diretor do estabelecimento não teria se dirigido ao adolescente, e sim à mãe dele, que, de acordo com a nota, estaria gritando de um jeito “muito nervoso no ambiente”.

O texto diz ainda que o executivo pediu “educadamente” que a mãe cuidasse do jovem. “Apesar do incidente (na versão da mãe), o cliente lamenta o ocorrido e que o mesmo não contribuiu de maneira alguma para o que está sendo postado nas redes sociais”, diz o texto.

Por causa da grande repercussão do assunto, o Sindicato dos Lojistas do Comércio Estabelecido em Shopping Centers de Curitiba (SindiShopping) se manifestou nesta manhã. Em nota encaminhada pela sua assessoria de imprensa, o sindicato disse que “lamenta o ocorrido relatado pela cliente Dora de Paula e assegura que os lojistas do Novo Batel não concordam e lamentam o episódio”.

Leia a nota enviada pelo shopping na íntegra

A Diretoria esclarece que houve um mal-entendido entre clientes que estavam nas dependências de um Café, na tarde desta quinta-feira (20/08/2015). Uma mãe não entendeu observação feita pelo cliente.

De acordo com a mãe o empresário teria agido de maneira discriminatória em relação ao comportamento do seu filho especial (adolescente de aproximadamente 20 anos), no local.

Na verdade o que ocorreu foi que o cliente dirigiu-se a senhora e não ao seu filho (que estava gritando e muito nervoso no ambiente), pedindo educadamente que a mesma cuidasse do seu filho. Apesar do incidente (na versão da mãe), o cliente lamenta o ocorrido e que o mesmo não contribuiu de maneira alguma para o que está sendo postado nas redes sociais.

Vale ressaltar que o cliente/empresário, sempre manifestou o maior respeito e admiração aos pais de crianças e jovens de modo geral, tanto que recebe no estabelecimento do qual é um dos seus diretores, quase que constantemente escolas de crianças especiais, inclusive nas salas de cinema.

Além disso, contribui para hospitais de nosso município, e mantém uma instituição filantrópica, no Bairro Pinheirinho, que atende mais de 180 crianças carentes, de até oito anos de idade, com educação e alimentação (três vezes por dia), sem nenhum auxílio do Poder Público, desde o ano de 2007.

Por fim, lamentamos o ocorrido e nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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