A ONG Transgrupo Marcela Prado reuniu na tarde desta quarta-feira (2) um grupo de 50 transexuais e travestis para uma sessão do filme A garota dinamarquesa, produção que conta a história da primeira mulher transgênero da história a realizar uma cirurgia de mudança de sexo, ainda nos anos 30. De acordo com a diretora da ONG, Rafaelly Wiest, muitas salas de cinema se recusaram a exibir o filme e algumas impediram as transexuais de comprar ingressos, alegando que estavam esgotados em diversas datas. A situação ocorreu em Florianópolis (SC) e chamou a atenção dos advogados que faziam parte da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB-PR em 2015. Os membros se reuniram e, com doações, compraram os ingressos para o grupo.
Além de assistir ao filme, as transexuais buscaram realizar um ato silencioso, como forma de chamar a atenção para o número de assassinatos no país e em Curitiba. “Só nos dois primeiros meses, mais de 70 travestis e transexuais já foram mortas no Brasil. Essa é uma forma de fazer com que as pessoas percebam que nós existimos e também temos direito ao lazer como qualquer pessoa”, disse Rafaelly.
O grupo ficou parado em frente ao cinema e todas vestiam preto, como forma de protesto pela morte de Natasha, que foi atacada por um grupo de jovens em Curitiba que jogaram gasolina em seu corpo e atearam fogo. Natasha morreu na última quarta-feira (24) em decorrência das queimaduras graves que atingiram principalmente a cabeça e as costas da jovem. “É uma forma de lembrar a violência que ela sofreu, para que não aconteça com outras transsexuais”, contou.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião