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Dilma e Marta Suplicy: sondagem para troca no ministério teria começado na semana passada | Wilson Dias/ ABr
Dilma e Marta Suplicy: sondagem para troca no ministério teria começado na semana passada| Foto: Wilson Dias/ ABr

Quem já caiu

Com a saída da ministra Ana de Hollanda do Ministério da Cultura, o governo da presidente Dilma Rousseff já tem 13 ministros que deixaram o primeiro escalão. Veja quem já passou pelos ministérios do governo Dilma:

Afonso Florence

O Ministro do Desenvolvimento Agrário foi substituído pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS) em 9 de março de 2012. Florence era considerado um ministro muito apagado por setores do governo e não conseguiu construir uma boa relação com os movimentos ligados à reforma agrária.

Luiz Sérgio

O petista foi substituído por Marcelo Crivella (PRB-RJ) no Ministério da Pesca, no dia 29 de fevereiro de 2012. A troca foi uma forma de atender a bancada evangélica no Congresso Nacional.

Iriny Lopes

Deixou a Secretaria para Política de Mulheres, que tem status de ministério, no dia 6 de fevereiro de 2012, para se candidatar à prefeitura de Vitória (ES). Em seu lugar ficou Eleonora Menicucci.

Mário Negromonte

Deixou o cargo no dia 1º de fevereiro de 2012, após várias denúncias de irregularidades na pasta das Cidades. Aguinaldo Ribeiro assumiu em seu lugar.

Fernando Haddad

Deixou o Ministério da Educação em 24 de janeiro de 2012 para disputar a prefeitura de São Paulo. Em seu lugar assumiu Aloízio Mercadante.

Carlos Lupi

Caiu em 4 de dezembro de 2011 após denúncias sobre esquema de cobrança de propina envolvendo ONGs que tinham convênios com o Ministério do Trabalho. Paulo Roberto Pinto ficou interino e depois foi substituído por Brizola Neto.

Orlando Silva

Caiu em 26 de outubro de 2011 após denúncias de corrupção em um esquema que teria consumido R$ 40 milhões. Aldo Rebelo assumiu a pasta.

Pedro Novais

Caiu em 14 de setembro de 2011 após denúncias como uso de serviços de funcionários públicos para fins particulares, além de ter pedido ressarcimento de dinheiro usado para pagar um motel. Em seu lugar entrou Gastão Vieira.

Wagner Rossi

Caiu em 17 de agosto de 2011, após denúncias de que o lobista Júlio Fróes teria um escritório clandestino no Ministério da Agricultura e de que teria pegado carona num jatinho de um empresário ligado ao ministério. Em seu lugar assumiu Mendes Ribeiro.

Nelson Jobim

Caiu em 5 de agosto de 2011 após criticar as ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti. Em seu lugar entrou Celso Amorim.

Alfredo Nascimento

Saiu do Minstério dos Transportes no dia 6 de julho de 2011, após denúncias de que seu patrimônio havia crescido 86.500%. Em seu lugar entrou Paulo Passos.

Antonio Palocci

Caiu em 7 de junho de 2011, após pressões para explicar como seu patrimônio foi multiplicado por 20 entre 2006 e 2010. Em seu lugar entrou Gleisi Hoffmann.

Fonte: Agência O Globo

  • Ana de Hollanda teve uma gestão marcada por polêmicas

O Palácio do Planalto confirmou ontem a troca de Ana de Hollanda pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) no comando do Ministério da Cultura. A petista vai assumir amanhã a nova função. A troca faria parte do acordo para que a senadora se integrasse à campanha de Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo — Marta anunciou apoio ao petista na semana passada, após um boicote de dez meses à campanha. Ela queria ser candidata, mas foi forçada a desistir por pressão do ex-presidente Lula. Em novembro, ela chegou a dizer que Haddad foi uma invenção de Lula.

A presidente Dilma Rousseff se encontrou com Ana de Hollanda ontem à tarde e conversou por telefone com a senadora, quando confirmou o convite. "Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos", diz nota da assessoria de imprensa da Presidência.

"Especulação"

Ao chegar ao Senado na segunda-feira, Marta desconversou e chamou de "especulação" a sua ida para o ministério. Mas ela avisou seu suplente, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), para que ficasse preparado para assumir sua cadeira no Senado. A senadora, segundo Rodrigues relatou a interlocutores, o procurou na segunda-feira e informou que estavam avançadas as negociações para que ela assumisse o ministério.

Marta negou que o convite tenha relação com seu apoio a Haddad. "Isso nunca foi falado. Não tem nenhuma [ligação]", afirmou. "Desde o começou falei que ia trabalhar quando fizesse diferença. Entrei na campanha quando achei que faria diferença."

Marta afimou que o chamado para a Cultura foi "surpreendente" e que ainda não tem planos porque precisa estudar o ministério. A senadora reclamou de ter sido perguntada sobre as suas metas. "Como você me pergunta isso se eu estou sabendo agora?", questionou. A petista ainda evitou comentar pontos polêmicos como o orçamento da pasta, a reforma na lei de direitos autorais e a gestão do Ecad: "Não vou me pronunciar sobre nada sem ter conhecimento". Ela deverá se reunir com Ana de Hollanda para discutir a sucessão.

Esta será a segunda passagem de Marta pelo governo federal. Em 2007, ela assumiu o Ministério do Turismo durante a gestão de Lula. Na ocasião, foi criticada por conceder entrevista em que aconselhou a população do país "relaxar e gozar" em meio a caos nos aeroportos. Deixou a pasta em 2008 para disputar a prefeitura de São Paulo, mas perdeu a eleição no segundo turno para o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD).

Desgaste

Irmã do compositor Chico Buarque, Ana de Hollanda fez carreira na burocracia estatal. Sua gestão foi marcada por críticas. Ela sofreu pressão de setores do PT desde que cancelou a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa. A política sobre direitos autorais defendida pela pasta, a suspensão de pagamentos de convênios e a retirada do selo Creative Commons (licença para uso de conteúdo) do site do Ministério também causaram polêmica. Outra crítica de parte do setor cultural é que ela não teria se empenhado para reduzir o corte no orçamento da Cultura neste ano.

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