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Abatido, ex-deputado federal passou a noite em cela de 12 metros quadrados. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Abatido, ex-deputado federal passou a noite em cela de 12 metros quadrados.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na quarta-feira (19), realizou na manhã desta quinta-feira (20) exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no centro de Curitiba.

Ele chegou por volta das 10 horas, abatido e sem algemas, e não conversou com a imprensa. Funcionários do IML acompanharam de perto o procedimento. Moradores dos prédios da redondeza também, mas não houve qualquer tipo de manifestação. Na saída, ele disse que a decisão do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, é absurda e que será revertida. O procedimento durou em torno de 5 minutos.

Cunha foi levado da carceragem de Polícia Federal (PF), onde passou a noite, sozinho, em uma cela de 12 metros quadrados. Na superintendência, que fica no bairro Santa Cândida, também estão presos o doleiro Alberto Yousseff, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht, que negocia delação premiada com a força-tarefa.

Após o exame, o ex-deputado foi levado novamente à carceragem, escoltado por batedores da Polícia Militar (PM). Ainda não há previsão de quando ele prestará depoimento.

Prisão

No final desta quarta-feira, em nota, Eduardo Cunha disse que não há motivo para a prisão. “Trata-se de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o texto.

No pedido de prisão, os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública e que também havia possibilidade concreta de ele fugir do país por manter dinheiro oculto no exterior e ter dupla nacionalidade – Cunha também é cidadão italiano.

Além da ação da PF em Brasília, a casa de Cunha no Rio de Janeiro foi alvo de busca e apreensão. O deputado federal passou para a jurisdição de Moro depois de ter seu mandato cassado na Câmara, quando perdeu o foro privilegiado.

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