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Entre todos os quesitos analisados pela Economist Intelligence Unit, o processo eleitoral ganhou a melhor nota. | Brunno Covello/Arquivo Gazeta do Povo
Entre todos os quesitos analisados pela Economist Intelligence Unit, o processo eleitoral ganhou a melhor nota.| Foto: Brunno Covello/Arquivo Gazeta do Povo

O Brasil caiu da 5.ª para a 8.ª posição na América Latina entre 2014 e 2015 no ranking que mede o nível de democracia nos países. Na região, a liderança é do Uruguai. O Democracy Index, feito pela Economist Intelligence Unit, classifica as nações como “democracias plenas”, “democracias com falhas”, “regimes híbridos” e “autoritárias”, de acordo com a pontuação em cinco critérios: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

A nota média do Brasil foi 7, sendo que o país foi pior no quesito cultura política (3,8 numa escala até 10) e melhor no critério processo eleitoral e pluralismo (9,6). A participação política, segundo a avaliação, está pior (5,6) que o funcionamento do governo (6,8).

Assim como o Brasil, também pioraram no ranking o Equador (18.º) e o México (14.º). Melhoraram a avaliação Panamá (5.º lugar), Trinidad e Tobago (6.º), Argentina (7.º), República Dominicana (10.º), El Salvador (11.º) e Guatemala (17.º).

A única democracia plena da América Latina é o Uruguai, com média geral de 8,2. Da 2.ª até a 16.ª colocação, os países são considerados democracias com falhas. A partir da 17.ª, são considerados regimes híbridos. Foram considerados autoritários dois países: Haiti e Cuba.

Na avaliação da entidade, a consolidação da democracia na América Latina continua encontrando obstáculos na inabilidade de casar os avanços do sistema eleitoral das últimas décadas com melhoras correspondentes na eficiência da política e na cultura política. Segundo a Economist Intelligence Unit, esse descompasso gera uma insatisfação popular principalmente em países onde escândalos de corrupção foram revelados, como é o caso do Brasil, com a Operação Lava Jato. Outro fator de descontentamento é o baixo desempenho econômico da região. “Os latino-americanos, no passado, geralmente toleravam níveis menores de democracia em troca de progresso econômico. Onde essa relação não é mais possível, as atitudes do público em relação aos líderes políticos será cada vez mais hostis”, diz a instituição.

Mundo

Segundo o estudo, 2015 foi um ano desafiador para a democracia no mundo por causa das guerras, do terrorismo e das migrações em massa, entre outros fatores. “Em nossa era de ansiedade, a primeira vítima do medo e da insegurança é geralmente a liberdade”, anota a entidade. Apesar disso, a média mundial em todos os quesitos se manteve em 5,6, mesmo número de 2014.

O levantamento classifica apenas 20 países como democracias plenas: Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia, Dinamarca, Suíça, Canadá, Finlândia, Austrália, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Alemanha, Áustria, Malta, Reino Unido, Espanha, Ilhas Maurício, Uruguai e Estados Unidos. São 59 os países classificados como democracias com falhas, como o Brasil, e 37, como regimes híbridos. São 51 os países considerados autoritários.

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