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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo

Derrotado nas eleições municipais deste ano, o atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) já planeja o que fazer a partir de primeiro de janeiro de 2017. Profissionalmente, ele pretende voltar a advogar e prestar consultorias jurídicas. Já o futuro da carreira política de Fruet ao deixar a prefeitura ainda é incerto. A única certeza, por enquanto – na medida em que é possível ter certezas nas previsões políticas – é que ele passará os primeiros meses de 2017 defendendo as ações de sua gestão.

“O que vai acontecer no primeiro trimestre é que a próxima gestão vai me criticar muito, vou me dedicar à defesa do legado e responder ao que vem de acusação”, prevê Fruet.

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Para ele, a partir do quarto ou quinto mês da gestão de Rafael Greca (PMN) deve chegar ao fim a lua de mel entre o novo prefeito e a população. A essa altura, Fruet conjectura que devem diminuir os ataques a sua gestão. A partir daí o futuro ex-prefeito parte para uma avaliação do cenário eleitoral que será decisiva para nortear a retomada de sua atividade política, que deve ocorrer de forma mais intensa a partir do segundo semestre do ano que vem.

Esse cenário, de acordo com aliados do atual prefeito, pode ser pouco favorável a Fruet. Isso porque desde a divulgação do resultado das eleições municipais, o nome de Osmar Dias, presidente estadual do PDT, tem se fortalecido para a disputa do governo do estado. Isolado, este fato seria uma ótima notícia para uma eventual tentativa de Fruet de buscar uma cadeira no Senado ou na Câmara Federal. Entretanto, como mostrou reportagem recente na Gazeta do Povo , aliados do governador Beto Richa (PSDB) têm demonstrado interesse em promover uma aliança entre Dias e Richa, que deve pleitear uma vaga no Senado em 2018.

Esse cenário colocaria Fruet na desconfortável situação de aliado de seu mais notável inimigo político, Beto Richa. O prefeito diz que ainda é cedo para fazer qualquer análise sobre essa possibilidade.

“Por enquanto estou sem pretensões para 2018. É um período de redefinição de caminhos”, afirmou.

Já aliados próximos garantem que, no mínimo, ele deve disputar uma cadeira na Câmara Federal. É difícil, entretanto, que ele seja candidato na mesma chapa de Richa, especialmente depois das eleições deste ano.

Neste caso, Fruet, mais uma vez, teria que optar por uma mudança de partido. Essa seria a terceira troca de sigla do prefeito. Em 2004, ele deixou o PMDB por falta de espaço para disputar a prefeitura da capital. O mesmo aconteceu em 2011, desta vez com saída do PSDB, quando ele não conseguiu a garantia de Richa de que seria o candidato dos tucanos à prefeitura.

De acordo com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, não há dúvidas de que Fruet seguirá filiado ao Partido Democrático Trabalhista.

“O Fruet é uma pessoa que temos apreço e respeito. Foi um gestor exemplar, com uma trajetória íntegra. Infelizmente, teve um insucesso eleitoral que pode acontecer com qualquer um de nós. Garanto que ele não sai do PDT e tem no partido o espaço que ele precisar”, afirmou.

Reconstrução

Um aspecto que deve dificultar a retomada da carreira política do atual prefeito é o fato de ele não ter onde alocar sua equipe. Comumente criticado no meio político por “não ter grupo”, Fruet deixa a prefeitura sem ter aliados em posição de acomodar parte da sua equipe, que poderia continuar trabalhando seu nome.

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