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O italiano Cesare Battisti decidiu encerrar a greve de fome que começou há cerca de dez dias em protesto contra sua possível extradição, informou nesta segunda-feira (23) o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Segundo ele, a decisão de encerrar a greve é um "gesto de confiança" de Battisti na decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá a palavra final sobre a extradição.

Battisti está preso numa penitenciária do Distrito Federal. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a palavra final sobre a permanência de Battisti no Brasil será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o senador, o ex-ativista italiano resolveu atender ao apelo de simpatizantes, que pediam o fim da greve. "Ele resolveu atender a esses apelos, tendo em vista que a decisão [sobre seu destino] pode demorar", disse Suplicy. "Ele já se alimentou."

No último dia 20, o próprio presidente Lula havia pedido para que Battisti encerrasse o protesto. "Isso não ajuda a ele. Nós não estamos mais no momento de ficar recebendo esse tipo de pressão", afirmou. "Já disse para ele que pare com a greve de fome, porque eu já fiz greve de fome e sei que é um ato de desespero ou de ignorância. Eu jamais faria outra vez."

O pedido de extradição de Battisti foi feito pela Itália, onde ele foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 70. O ex-ativista sempre negou relação com os crimes.

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