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Foragido há 40 dias, o auditor fiscal Márcio de Albuquerque Lima, ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita Estadual se apresentou nessa quarta-feira (29) à tarde no 6.º Distrito Policial de Londrina – ele deveria passar a noite na Penitenciária Estadual da cidade. O auditor se entregou na mesma tarde em que todas as atenções estavam voltadas para a chamada “Batalha do Centro Cívico”, em que policiais militares entraram em confronto com manifestantes contrários à reforma da previdência estadual na região da Assembleia Legislativa.

Lima é considerado o líder do que Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) chama de “organização criminosa”, grupo formado por auditores fiscais, contadores e empresários para favorecer a sonegação fiscal em troca de propina. Entre outras relações políticas, o auditor preso era companheiro do governador Beto Richa (PSDB) em provas de automobilismo, como a tradicional 500 milhas de Londrina.

A informação da prisão foi confirmada no começo da noite de quarta pelo advogado de Lima, Douglas Maranhão. Já Ana Paula Lima, esposa do auditor e que também é investigada pela Operação Publicano, não se apresentou à polícia. “Ele entendeu que era a hora de se apresentar, comunicou que queria se apresentar e seguiu o procedimento padrão”, explicou o advogado. A reportagem apurou que Lima chegou ao presídio de boné e sem algemas.

Outros fatores podem ter contribuído para a apresentação voluntária: Lima completaria 30 dias sem trabalhar nessa quarta e poderia responder processo por abandono de emprego. Além disso, o mérito do pedido de habeas corpus dele está para ser julgado no Tribunal de Justiça (TJ) – o pedido foi negado liminarmente.

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