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Gomes quer que  os estudantes se aprofudem em suas áreas | Agência Brasil
Gomes quer que  os estudantes se aprofudem em suas áreas| Foto: Agência Brasil

"Nós não somos ladrões", diz Carvalho ao deixar o governo

Ao transmitir o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o petista Gilberto Carvalho afirmou ontem que "nós não somos ladrões" e que "temos que levantar a cabeça e honrar nossa luta", em referência aos membros do partido.

Carvalho assumirá o comando do Conselho Nacional do Sesi e passou seu cargo para o também petista Miguel Rossetto, que era titular do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

"Eu volto para casa depois de 12 anos, para minha quitinete rural e pro meu apartamento, que fiquei devendo pro Banco do Brasil durante 19 anos. Eu digo isso com muito orgulho e desafio a acompanharem a evolução patrimonial de nossos ministros. Não vamos levar desaforo pra casa, temos dignidade", disse.

O petista também ironizou quem se refere ao PT como uma quadrilha, em função da condenação no mensalão, que levou à prisão de integrantes da cúpula do partido. "Eu pertenço a essa quadrilha e vamos continuar mudando o país com esse objetivo."

O novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), prometeu ontem implantar a reforma do ensino médio em um prazo de dois anos. O compromisso foi uma das principais bandeiras da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, que na quinta-feira anunciou que o slogan do novo governo é "Brasil, pátria educadora".

"Esse é um processo que demandará muito diálogo, porque os sistemas [de educação] no Brasil são autônomos", afirmou o novo ministro. "Queremos abrir um processo de discussão para examinar alternativas de aprofundamento por áreas e currículos que tenham identificação com as realidades regionais. Esse processo não se fará do dia pra noite. Imagino que, começando agora, a gente possa pensar no prazo de dois anos para ter a sua implantação." As declarações foram dadas após a cerimônia de transmissão de cargo, ontem, em Brasília.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 apontou estagnação no ensino médio — a nota permaneceu em 3,7. Na rede privada de ensino, houve queda na nota: de 5,7 para 5,4, quando o índice de 2013 é comparado ao de 2011.

Durante a campanha, o Ministério da Educação foi acusado de retardar a divulgação do Ideb por conta do período eleitoral. Na época, o então ministro da Educação, Henrique Paim, disse que o índice colocava "em xeque" a gestão de estados e municípios na área.

Resolução

A reforma curricular do ensino médio está prevista em resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em maio de 2011. Desde 2009, o Ministério da Educação conta com o programa Ensino Médio Inovador, que apoia o desenvolvimento de mudanças curriculares.

"Isso [a reforma no ensino médio] não é uma coisa que eu possa dizer como será, isso tem de ser antecedido por um grande processo de discussão. Cada um tem opiniões e eu particularmente penso que é importante que a gente, já no ensino médio, vá oferecendo a possibilidade de aprofundamento em áreas onde ele (estudante) tenha mais identificação, mais afinidade", observou Cid Gomes.

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