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A CPI da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (7) a convocação dos ex-deputados André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), atualmente presos em Curitiba sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na estatal.

Depoimento de 13 presos na Lava Jato à CPI pode se estender por 3 dias

Na próxima semana, deputados vão ouvir presos que estão em Curitiba; oitivas serão no auditório da Justiça Federal, no Ahú

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou na tarde desta quinta-feira, 7, que a oitiva de 13 presos na Operação Lava Jato, em Curitiba, pode se estender por até três dias da próxima semana. A ideia é começar ouvir sete presos na segunda-feira, 11, e outros seis na terça-feira, 12.

Na primeira rodada de oitivas no auditório da Justiça Federal serão ouvidos Alberto Youssef, Mario Góes, Nestor Cerveró, Fernando Soares, Guilherme Esteves de Jesus, Adir Assad e Iara Galdino. No dia seguinte serão ouvidos Nelma Kodama, René Luiz Pereira, Luiz Argôlo, André Vargas, Pedro Corrêa e Carlos Habib Charter.

Segundo Motta, a ideia é cumprir toda a agenda de oitivas e, se for necessário, avançar com os depoimentos na quarta-feira, 13. Ele fez questão de informar aos membros da CPI que não haverá desconto salarial por falta às sessões de votação no plenário da Câmara dos Deputados por se tratar de missão oficial.

Os requerimentos foram votados para que eles possam ser ouvidos em Curitiba pelos integrantes da CPI na próxima semana, quando a comissão tomará depoimentos dos presos da Operação Lava Jato. Dentre eles estão o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Soares, acusado de ser o intermediário do PMDB no esquema de corrupção.

Os depoimentos em Curitiba devem ocorrer no auditório da Justiça Federal e serão abertos à imprensa.

Será a primeira vez que a CPI convoca políticos investigados na Lava Jato, mas todos sem mandato. Deputados do PSOL e do PPS apresentaram requerimentos pedindo a convocação de todos os políticos alvos de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), mas a cúpula da CPI tem evitado votar os pedidos.

Na sessão, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) anunciou a apresentação de um requerimento pedindo a convocação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A estratégia foi articulada com o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), e com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como forma de contra-atacar Janot por sua atuação nas investigações.

Paulinho também reapresentou o pedido da quebra de sigilo do procurador-geral.

Ainda não há data prevista para a votação desses requerimentos. Nesta quinta a CPI ouve o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, e pode não ter tempo de votar outros requerimentos.

Houve protesto dos parlamentares contra a iniciativa. “A CPI não pode ser objeto de disputa além dos objetivos pelos quais ela está aqui instalada”, afirmou o relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ).

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) também já havia se pronunciado contrária e pediu um parecer jurídico contrário à convocação de Janot. Ela deve ir ao STF tentar derrubar a proposta caso seja aprovada. O parecer diz que a convocação caracteriza tentativa de interferir nas atribuições do Ministério Público.

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