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Atualizado em 14/05/2006 às 23h28

O estado mais rico do pais viveu o segundo dia de terror imposto pelo crime organizado. A onda de ataques à bases policiais, que começou na noite de sexta-feira, prosseguiu. O número de mortos chega a 72 e os feridos a 44 numa contabilidade que chega a 115 atentados . Dos mortos, 14 são criminosos.

Neste domingo, os atentados atingiram alvos civis: 28 ônibus foram queimados na capital, dois deles em vias de grande movimento da capital: a Marginal Tietê, na altura da Vila Maria, e outro na Rodovia Presidente Dutra, no limite entre a capital e Guarulhos. Houve ônibus incendiados também em Guarulhos, São José dos Campos e Diadema. Uma agência bancária também foi incendiada em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Os ataques nas ruas são simultâneos às rebeliões nos presídios. Desde sábado, detentos de 69 prisões do estado se rebelaram. No último balanço da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), são 44 presídios rebelados, com mais de 50 mil presos - o equivalente a uma cidade de porte médio do estado. Até mesmo uma unidade da Febem, a da Vila Maria, aderiu ao movimento, mas a Tropa de Choque da Polícia Militar entrou e controlou o motim.

Apesar do elevado número de mortes e dos levantes, o governador Claudio Lembo afirmou que a situação está sob controle e recusou ajuda do governo federal, que colocou à disposição de São Paulo 4 mil homens da Força Nacional de Segurança, da Polícia Federal, assim como as Forças Armadas.

Numa entrevista coletiva, a cúpula da polícia paulista afirmou que não 'vai negociar com bandido' e o Departamento de Investigações sobre o crime organizado disse que tudo o que poderia ser negociado com os presos já foi acertado anteriormente. Agora, resumiram, os bandidos optaram por confronto e terão resposta à altura.

A polícia criticou ainda a falta de solução tecnológica para evitar o uso de celulares em presídios. Para a polícia, celular é mais perigoso do que arma e é mais fácil fazer calar os aparelhos dentro das cadeias do que acabar com a corrupção que permite a entrada.

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