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Justus diz que processo é legal

O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), afirmou ontem que não existe ilegalidade no processo de sindicância aberto nesta semana para investigar a possível quebra de decoro parlamentar por parte do deputado Carli Filho.

De acordo com o artigo 59 da Constituição Estadual, o processo de perda de mandato precisa ser provocado pela Mesa Executiva da Assembleia ou por partido político representado na Casa. Mas, segundo Justus, a lei está sendo cumprida porque é a Mesa que vai decidir se encaminha ou não o processo de cassação para a Comissão de Ética. O pedido de cassação de mandato de Carli Filho foi feito pelo advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) confirmou ontem a abertura de uma sindicância para apurar a conduta do Hospital Evangélico no atendimento ao deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB), que permaneceu quatro dias internado na UTI da instituição. Na última segunda-feira, a família de um dos jovens mortos no acidente tinha protocolado um pedido para que o Conselho investigasse o caso. A assessoria do CRM, porém, revelou que já havia solicitado ao Evangélico – e também ao Hospital Albert Einstein, de São Paulo – informações de todo o atendimento prestado ao parlamentar.

Desde a semana passada, familiares de Gilmar Rafael Yared, uma das vítimas da colisão, colocaram em dúvida as informações dos boletins médicos emitidos pelo Evangélico. Ontem, os pais do jovem, Gilmar Yared e Cristiane Souza Yared, foram recebidos na sede do CRM pelo presidente da entidade, Miguel Ibraim Sobrinho, que explicou a eles os trâmites da investigação. Não há prazo para a conclusão da sindicância.

Em nota divulgada na última sexta-feira, o Hospital Evangélico descreveu o passo a passo do atendimento a Carli Filho, desde o momento em que ele deu entrada no pronto-socorro. O documento reafirmou o que havia sido divulgado nos boletins médicos e garantiu que o deputado chegou em coma ao hospital. A nota dizia ainda que o parlamentar foi transferido para o Albert Einstein a pedido da família, por apresentar, na ocasião, estado clínico e neurológico estável.

Carli Filho ainda se recupera de uma cirurgia de reconstrução dos ossos da face, continua se alimentando por meio de uma sonda no estômago e respira através de traqueostomia.

No acidente, que aconteceu na madrugada do último dia 7 de maio, em Curitiba, morreram Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. Carli Filho dirigia com a habilitação suspensa e estava embriagado.

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