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Presidente da Câmara, Eduardo Cunha descarta qualquer possibilidade de deixar o cargo. | Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha descarta qualquer possibilidade de deixar o cargo.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (7) que não existe “nenhuma hipótese” de ele renunciar do cargo. Ele foi questionado, em painel no 27.º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, sobre a possibilidade de o PSDB pedir sua renúncia, caso se comprove que ele possui conta na Suíça e se isso poderia levá-lo a deixar o cargo. Ao responder, Cunha disse apenas “nenhuma hipótese”.

Vice-líder do PPS abre representação contra Cunha

O vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), vai protocolar na tarde desta quarta-feira (7) uma representação na Corregedoria da Câmara contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta quebra de decoro. Jordy vai apontar contradição entre as declarações dadas por Cunha em março na CPI da Petrobras e as informações do Ministério Público da Suíça, que afirma que o peemedebista tem contas no exterior. Uma outra representação também deve ser apresentada por um grupo de parlamentares de PSol, PSB, Rede, PT e PMDB.

Em 12 de março deste ano, Eduardo Cunha foi voluntariamente à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o esquema de corrupção da Petrobras. “Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda”, afirmou à época. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral para disputar as eleições de 2014, Cunha disse ter apenas uma conta no banco Itaú.

“As referidas contas jamais foram declaradas no Imposto de Renda do parlamentar, tampouco constam de sua prestação de contas junto ao TSE. Mais do que isso, em várias oportunidades, perante seus pares e a imprensa, o presidente da Casa negou possuir contas no exterior”, diz Jordy no documento que será apresentado.

O vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), informou que vai protocolar na tarde desta quarta-feira uma representação na Corregedoria da Câmara contra Cunha por suposta quebra de decoro. Uma outra representação também deve ser apresentada também nesta quarta por um grupo de parlamentares de PSol, PSB, Rede, PT e PMDB.

Cunha foi questionado ainda se possui contas na Suíça e se foi informado pelas autoridades europeias. O presidente da Câmara disse que não comentaria o assunto por orientação de seus advogados, que quer trabalhar em cima de “fatos” e reafirmou o conteúdo da sua nota divulgada na semana passada de que confirma seu depoimento à CPI da Petrobras. “Reitero o que eu falei na CPI da Petrobras”, disse.

Em março, durante depoimento à CPI, o presidente da Câmara negou que tivesse contas no exterior. “Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda”, afirmou ele na ocasião.

Na terça-feira (6), o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a Procuradoria da Suíça confirmou que Cunha foi informado formalmente sobre o congelamento das contas das quais ele é beneficiário. Segundo fontes próximas ao caso de Cunha no Ministério Público suíço, o parlamentar foi informado sobre o bloqueio das contas “há um bom tempo”.

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