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Alexandre Kireeff (PSD)  apoia a candidatura de Valter Orsi (PSDB). | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Alexandre Kireeff (PSD) apoia a candidatura de Valter Orsi (PSDB).| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Mesmo tendo rejeitado a possibilidade de disputar a reeleição, o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), se tornou personagem importante na eleição municipal que vai definir o seu sucessor.

Atuando como ‘cabo eleitoral’, Kireeff foi fundamental para que o seu candidato, Valter Orsi (PSDB), saltasse de 4% na primeira rodada da pesquisa Ibope/RPC*, divulgada em 23 de agosto, para 21% na segunda rodada do levantamento**, divulgada na última semana.

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A mesma pesquisa aponta que o prefeito de Londrina tem 65% de aprovação. Kireeff é econômico ao comentar o assunto: “ele é o meu candidato, eu estou apoiando [o Valter Orsi] e espero que ele vença, não tem muito o que falar sobre isso”, comentou.

Mesmo com a disparada de Orsi, Marcelo Belinati (PP) poderia fechar a disputa no primeiro turno, já que ele tem 48% das intenções de voto, enquanto os adversários, somados, têm 39% e apenas 4% dos eleitores estão indecisos.

Para o tucano, o que faz do prefeito um bom cabo eleitoral é que “não se pode negar que as coisas estão boas e melhoraram”, referindo-se à gestão Kireeff. Segundo ele, um dos ganhos da atual administração é que ela rompeu “com um passado de desmandos e denúncias de falcatruas”. Como a campanha é curta, Orsi colou no atual prefeito desde o começo da veiculação da propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Alguns adversários reagiram. O PMN, do candidato Luciano Odebrecht, conseguiu uma liminar na Justiça Eleitoral para limitar a participação de Kireeff. Numa peça veiculada em setembro, em que os dois aparecem fazendo uma espécie de jogral sobre as obras da cidade, o atual prefeito dividiu o tempo ao meio com o candidato. A Lei Eleitoral fala que o apoiador pode aparecer no máximo 25% do tempo do programa.

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Marcelo Belinati, que lidera a campanha desde o começo, se esquivou de comentar o peso de Kireeff como cabo eleitoral: “é difícil avaliar, isso cabe à população”.

Segundo turno

Na última semana para a eleição, as forças políticas acreditam na possibilidade de segundo turno, apesar da liderança de Marcelo Belinati. André Trindade (PPS), que tem 4% das intenções de voto segundo o Ibope, tenta se colocar como uma terceira via, entre Marcelo Belinati e Orsi.

Trindade tenta se distanciar criticando o governo Beto Richa, que é do PSDB de Orsi e o grupo do ministro da Saúde, Ricardo Barros, do PP de Belinati. E tentando se apresentar como o único “anti-Belinati” viável.

“A única chance de o Marcelo não ganhar é eu estar no segundo turno. O Orsi [que foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina, Acil] tem rejeição entre os comerciários por causa do horário do comércio e por ser do partido de Beto Richa”, afirmou.

Sandra Graça (PRB), com 8% das intenções de voto, mantém o discurso favorável à gestão Kireeff. Odarlone Orente (PT), com 3% das intenções de voto e poucas chances de decolar devido ao desgaste do PT, tem como estratégia disparar contra a gestão Kireeff. “Estamos discutindo todos os dias a gestão técnica e suas deficiências, é muito marketing e pouca eficiência”, atacou.

*A pesquisa foi encomendada pela RPCe o Ibope ouviu 602 eleitores entre os dias 19 e 22 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo PR-09340/2016.

**A pesquisa foi encomendada pela RPC e o Ibope ouviu 700 eleitores entre os dias 15 e 18 de setembro. A margem de erro é de quatro pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo PR-05633/2016.

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