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Danielle da Cunha | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Danielle da Cunha| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Mensagem anexada pela Polícia Federal em um dos processos em que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é réu aponta que sua filha, a publicitária Danielle Dytz da Cunha, solicitou que ele comprasse diversos itens, entre eles uma bolsa de luxo, durante viagem dele ao exterior.

De acordo com a mensagem, de 20 de fevereiro de 2009, a filha escreveu ao pai, às vésperas de uma viagem dele para fora do país: “infelizmente não tenho cacife para comprar tudo o que eu gostaria. Fiz uma listinha do que eu gostaria que você trouxesse, e se puder agradeço muito”.

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A lista de Danielle inclui itens importados e de marcas conhecidas que costumam custar mais barato quando comprados fora do Brasil, como cremes, óculos, bolsa, videogame e roupas.

Danielle pediu ao pai que comprasse um creme para olheiras “All about Eyes” (que custa entre US$ 17 e US$ 30 no exterior), uma bolsa da marca Balenciaga preta (entre US$ 200 e US$ 2 mil, em média), um óculos da marca Rayban no modelo wayfarer (entre US$ 175 e US$ 200), sapatilha da marca Tory Burch (em torno de US$ 200) e o acessório para jogos Wii Fit (US$ 25).

A filha de Cunha pediu ainda a ele que, caso visitasse um outlet (loja que vende itens de marca com pequenos defeitos a preços mais baixos) trouxesse para ela “camisas polo da Ralph Lauren para trabalhar”.

“Tanto faz a cor, no caso eu digo as que eu já tenho”, escreveu a publicitária, em referência a camisas que custam em torno de US$ 85 em lojas normais da marca.

Danielle escreveu uma segunda mensagem ao pai, no dia seguinte, pedindo a ele que trouxesse para ela um acessório para ouvir músicas do ipod no carro, chamado “Itrip”, vendido à época por valores em torno de US$ 80.

“Você pode me trazer outro, já que aquele problema no meu carro estragou o antigo”, escreveu a filha de Cunha.

Danielle Cunha é investigada pela Lava Jato pela posse de um cartão de crédito estrangeiro associado à offshore Köpek e recebido por ela. A Köpek não era declarada às autoridades brasileiras e foi descoberta graças ao apoio de investigadores suíços. Segundo a Lava Jato, a offshore recebeu recursos da propina destinada ao ex-presidente da Câmara no esquema de corrupção na Petrobras.

Eduardo Cunha é acusado de receber propina em contrato da Petrobras, realizados em 2011. Parte destes recursos teria bancado outras despesas de luxo de Cunha e sua família no exterior, custeadas com recursos de contas que ele mantinha fora do país.

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