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Sócios de duas das cinco construtoras mencionadas na auditoria do Tribunal de Contas do Paraná (TC) atribuem as diferenças apontadas no relatório a falhas nos projetos das obras para as quais foram contratadas. Eles argumentam que, por causa desses erros nos projetos, itens que estavam previstos tiveram que ser substituídos, mas negam que tenham recebido sem ter prestado os serviços.

“Os projetos vêm com muitos erros. Devido a esses erros, houve vários serviços que não foram executados porque não eram necessários e foram trocados por outros serviços (...). É normal que, na hora da execução, esses serviços sejam trocados”, diz Jairo Marcelino Valente, da Construtora Machado Valente.

A empresa executou obras no colégio estadual Yvone Pimentel, em Curitiba. Os serviços foram fixados em R$ 4 milhões e, posteriormente, tiveram um aditivo de R$ 1 milhão. “Sempre tem aditivos, porque os projetos são mal feitos (...). Foram pleiteados serviços extras pelos quais até hoje nós ainda não recebemos”, afirma Valente. Ele diz que as explicações serão encaminhada sao TC.

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A diretora do Colégio Yvone Pimentel, Adriana Campa, endossou a argumentação do construtor, destacando que aditivos tiveram que ser feitos por causa das falhas no projeto. “Aqui, a gente sabe que os serviços foram todos executados”, diz.

Marcelo Leal Brioschi, sócio da Brioschi Engenharia, também destaca que os projetos sempre vêm com erros. Ele diz desconhecer o teor da auditoria e garante que os serviços foram todos prestados. “Em 99% das obras, uma ou outra coisa tem que ser alterada. O projeto nem sempre corresponde à prática”, afirma. A construtora realizou obras no colégio Padre João Wislinski.

Já o advogado Atila Sauner Posse, que representa a Atro Construção Civil, diz que houve uma série de atrasos nos pagamentos à construtora e que o próprio governo do estado suspendeu a realização das obras, pedindo que o colégio fosse entregue da forma em que estava. A empresa executou serviços co Colégio Ambrósio Bini.

Sauner Posse também representa a T.S. Construção, mas não conseguiu localizar o representante legal da construtora, por motivos de viagem. A defesa do procurador da construtora Valor Construtora, Eduardo Lopes de Souza, declarou que todos os fatos acerca das obras executadas pela empresa serão devidamente explicados no momento oportuno.

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