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O vice pesa na hora da escolha do candidato? Por quê?
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As convenções marcadas para este fim de semana e para o outro sábado devem definir as alianças para a disputa à prefeitura de Curitiba e o nome dos candidatos a vice-prefeito, que resultarão dessas coligações. A escolha do vice que se mostra mais complicada neste momento é a do companheiro de chapa de Luciano Ducci (PSB), que deve contar com o apoio do PSD, DEM, PSL, PRB, PTB e PP.
Ainda há esperanças de uma aliança de Ducci com o PPS. O deputado federal Rubens Bueno, líder do partido na Câmara Federal, foi convidado para ocupar a vice de Ducci. Ele confirma o convite, mas ressalta que o PPS local busca aliados e que a legenda seguirá uma orientação nacional de candidaturas próprias nas capitais. A pré-candidata do PPS à prefeitura de Curitiba é a filha de Rubens Bueno, a vereadora Renata Bueno. O PPS faz convenção no dia 30.
Se o partido não aceitar entrar na chapa de Ducci, os nomes cogitados para a vice do candidato à reeleição são os do deputado federal Fernando Francischini (PSDB) e os dos estaduais Ney Leprevost (PSD) e Osmar Bertoldi (DEM).
A escolha do vice de Ratinho Jr. (PSC) também está complicada. O companheiro de chapa do deputado deve ser escolhido entre nomes do PCdoB, PR, PTdoB e do próprio PSC. "Primeiro vamos fechar nosso leque de aliança para discutir um nome que mais agregue para nossa candidatura. Será uma escolha feita com muito cuidado, pois nos últimos anos os vices vêm assumindo a prefeitura de Curitiba por períodos muito longos", disse Ratinho. Entre os nomes cogitados estão o do empresário Marcos Domakoski, do médico Rui Piloto (ambos do PSC) e da professora universitária Elza Campos (PCdoB), líder de movimento feminista.
Decisão delicada
A escolha do vice em uma chapa majoritária cumpre a função principal de selar alianças partidárias, fechando o compromisso de repartir a gestão. E tem se mostrado uma decisão complicada. O primeiro problema ocorre quando o partido aliado escolhe um nome desconhecido. Foi o caso de Derli Donin, ex-prefeito de Toledo, que foi indicado pelo PP para ser candidato a vice-governador de Osmar Dias (PDT), em 2006. Depois que a campanha teve início, perto de 30 denúncias por crimes contra o patrimônio público contra Donin foram foram divulgadas e muito exploradas pelo adversário, Roberto Requião (PMDB). Em uma disputa bem apertada, um dos motivos da derrota do pedetista pode ter sido a escolha do vice.
Alguns vices dão trabalho mesmo depois de eleitos. O governador Beto Richa, reeleito prefeito nas últimas eleições municipais de Curitiba, saiu para a disputa de 2004 rompido com o prefeito Cassio Taniguchi, de quem foi vice no mandato de 2000 a 2004. O motivo da briga entre os dois foi a decisão de Richa de derrubar o decreto de Taniguchi que reajustou a tarifa do transporte público ds Curitiba. A medida foi tomada por Richa durante uma viagem de Taniguchi ao exterior. Em grande parte, a anulação do reajuste da tarifa foi determinante para a eleição de Richa em 2004.
Outro que teve problemas com o parceiro de chapa foi o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Ele tem um petista como vice, Roberto Carvalho, mas os dois romperam. Carvalho faz oposição ao próprio governo, segundo Lacerda, desde a posse. Em função disso, o prefeito está há quatro anos sem se licenciar, para que o vice não comande a prefeitura nem por um dia. A aliança entre PSB e PT deve continuar na campanha de reeleição de Lacerda, mas o prefeito diz que espera que o nome indicado pelo PT para a vice seja "mais leal".
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