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Caíto Quintana, o cartorário: dessa vez, os cartórios não levaram. | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Caíto Quintana, o cartorário: dessa vez, os cartórios não levaram.| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Um dia depois da bancada do PPS pedir o afastamento de Nelson Justus da presidência da Assembleia, coube ao deputado estadual Caíto Quintana (PMDB) tentar anular os efeitos que a posição do PPS poderia causar internamente no Legislativo estadual.

Em discurso, Caíto lembrou os anos de experiência como parlamentar para defender que a gestão de Justus avançou em relação a legislaturas anteriores. "A Assembleia abriu-se", disse. Para o deputado, o momento é de reorganização, mas pregou a conciliação entre os integrantes da Casa. "Não podemos ficar atirando uns contra os outros. Devemos somar forças. De nada adianta essa guerra", declarou. Ao justificar que era a favor da manutenção da mesa diretora, Caíto alertou que defender o Poder Legislativo não poderia significar acobertar os eventuais erros cometidos.

Justus agradeceu a Caíto, reforçando que espera outras manifestações de apoio de deputados. O presidente da Assembleia disse que assumiu o compromisso de viabilizar modernidade e transparência para a Casa. "Não foi fácil e não está sendo fácil mudar essa cultura. Mas estamos muito próximos de conseguir. Vamos continuar na busca incessante pela verdade", afirmou Justus.

Com o discurso, Caíto assumiu a posição que vinha sendo do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), de principal defensor da permanência de Justus e do primeiro-secretário Alexandre Curi (PMDB) no comando da Assembleia.

Gestão

Mas Justus também teve de enfrentar cobranças sobre a administração da Casa ontem. O deputado Neivo Be­­­raldin (PDT) questionou a gestão da Assembleia. O parlamentar disse que a forma como o dinheiro público é tratado está longe da regularidade e que teria ido à falência se o mesmo modelo fosse aplicado na iniciativa privada. Para o parlamentar, é hora de repensar a maneira de gerir o Legislativo, descentralizando e tornando a gestão mais participativa.

Afastamento

Na segunda-feira, Marcelo Rangel, falando em nome da bancada do PPS (Douglas Fabrício e Felipe Lucas compõem o grupo) anunciou que o partido acreditava que o afastamento de Justus garantiria a isenção das investigações. "A bancada dos deputados do PPS pede, que em um ato de grandeza e transparência, o excelentíssimo deputado Nelson Justus abra mão da investidura do cargo de presidente da Assembleia Legislativa, para que esta instituição reencontre o trilho da normalidade", diz o documento.

Ontem, o PSol se juntou ao grupo de partidos – PPS, PCdoB e PV – que já expressaram publicamente a opinião de que é necessário o afastamento imediato da Mesa Diretora da Assembleia para a apuração transparente das denúncias.

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