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Dr. Rosinha: “Há fortes indícios de crimes contra os cofres da União, como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro” | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Dr. Rosinha: “Há fortes indícios de crimes contra os cofres da União, como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro”| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Sem respostas

Desde o início da publicação da série "Diários Secretos", algumas medidas foram anunciadas pela direção da Assembleia Legislativa, mas ainda há muitas questões que não foram esclarecidas. Confira alguns questionamentos

Dois parlamentares federais, de partidos diferentes e distantes politicamente, aumentaram ontem o coro para cobrar rigor nas investigações sobre as denúncias contra a Assembleia Legislativa do Paraná feitas desde a última segunda-feira pela Gazeta do Povo e pela RPCTV. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) protocolou um pedido para que a Polícia Federal (PF) investigue o Legislativo paranaense. Já o senador Alvaro Dias (PSDB) cobrou o Ministério Público Estadual (MP) para dar respostas à sociedade.

O deputado Dr. Rosinha quer que a PF assuma a investigação das denúncias envolvendo os diários avulsos da Assembleia Legislativa do Paraná. "Há fortes indícios de crimes contra os cofres da União, como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cuja investigação está entre as atribuições da Polícia Federal", justificou Rosinha. "Como a Assembleia Legislativa do Paraná exerce muita influência nos órgãos públicos estaduais, acredito que uma investigação da PF seria mais isenta e eficiente."

Dentre as denúncias levantadas pela Gazeta do Povo e pela RPCTV estão o uso de dinheiro público da Assembleia em benefício privado, pagamento de salários acima do teto legal, desvio de recursos, funcionários fantasmas e uso de "laranjas" para enriquecimento ilícito.

Já o senador Alvaro Dias lembrou em seu blog na internet (www.blogalvarodias.com) que a Assembleia já havia enfrentado outro escândalo recentemente: o caso dos gafanhotos, que estourou em 2008 e consistia no depósito de salários de vários servidores da Casa em uma mesma conta bancária, supostamente para o desvio de recursos públicos.

A PF já investiga 63 deputados e ex-deputados estaduais que estariam envolvidos no esquema dos gafanhotos por suposta prática de crimes de peculato (desvio de dinheiro público). Mas, até agora, ninguém foi punido.

Veja abaixo que Nelson Justus diz que o Ministério Público deve apurar as irregularidades e que os responsáveis precisam ser punidos

Entenda como funciona o esquema dos fantasmas na Assembleia: gente que mora em outras cidades recebe salários como se trabalhasse para deputados

No texto divulgado na internet, o senador atribui a responsabilidade de apuração das novas e antigas denúncias ao MP. "Ao Ministério Público está entregue agora relevante missão. O Paraná espera a responsabilização dos gafanhotos e de seus criadores na política estadual. De preferência, antes das eleiçoes de outubro. Essa profilaxia é exigência da hora".

O MP e a PF foram procurados pela reportagem para falar sobre a investigação do caso, mas nenhuma das duas instituições ontem quis comentar o assunto.

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