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O promotor de Justiça Fuad Faraj voltou a criticar a possibilidade de participação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na comissão de sindicância que vai apurar as irregularidades da Assembleia Legislativa. Em entrevista ao Paraná TV 1ª. edição desta sexta-feira (26), o promotor afirmou que o MP precisa marcar posição em defesa da cidadania e do cidadão. "O Ministério Público não pode andar de mãos dadas com suspeitos de (ter cometido) crimes", disse Faraj.

Na quinta-feira (25) o promotor encaminhou um requerimento ao procurador-geral de Justiça do estado, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, afirmando que essa postura poderia inviabilizar a isenção do MP nas investigações.

O promotor disse que seria conveniente que a Polícia Federal e que a Procuradoria da República investiguem as irregularidades na Assembleia. Isso porque se trata de um dos maiores rombos nos cofres públicos já noticiados, segundo Faraj. O promotor também criticou a Casa de Leis e disse que a "Assembleia Legislativa é um dos maiores antros de corrupção do Brasil".

Fuad Faraj também foi questionado nesta sexta-feira sobre o fato de o MP ter aproximadamente 200 investigações sobre a Assembleia, porém, as irregularidades não se tornaram públicas - o que aconteceu apenas após as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPC-TV. Sobre a questão, o promotor disse que esse será o momento de o MP mostrar à sociedade para que serve a instituição. Apesar disso, Faraj reconheceu que o "MP deixou de realizar o trabalho que deveria". Ele afirmou ainda que a Gazeta do Povo e a RPC-TV fizeram o trabalho que o MP deveria ter feito.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de impresa da Assembleia Legislativa do Paraná e aguarda o retorno sobre o caso.

MP ainda se definiu

A assessoria de imprensa do MP afirmou nesta sexta-feira (26) que o órgão ainda não definiu se irá participar ou não da comissão de sindicância da Assembleia. O sub-procurador-geral de Justiça, Lineu Walter Kirchner, havia dito ao jornal Gazeta do Povo que a questão será resolvida em uma reunião entre o procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior, e os promotores envolvidos na investigação. No entanto, ainda não havia data para a referida reunião acontecer.

Assista à reportagem em vídeo:

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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