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Na audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na terça-feira, 31, em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o ajuste fiscal, alguns petistas criticaram a condução econômica do País enquanto tucanos divergiram sobre sua atuação.

O senador petista Walter Pinheiro (BA), que ameaça deixar o partido em razão de discordâncias com os rumos do governo, foi um dos mais incisivos nos questionamentos ao ministro.

Ao lado da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que também deve deixar a sigla, Pinheiro cobrou de Levy explicações sobre as medidas provisórias que já foram editadas - parte delas limita benefícios trabalhistas - e disse duvidar do apoio do governo à reforma do ICMS, imposto estadual sobre circulação de mercadorias. “Essa questão do ICMS para nós é fundamental, mas é conflitante com a necessidade do ajuste. Será que o governo terá condição de bancar os fundos de compensação?” O ministro não respondeu.

Marta criticou a afirmação de Levy de que, se der tudo certo, o governo devolverá a diferença paga pelos Estados e municípios nas parcelas da dívida pagas até o fim deste ano. “E se não der certo?”, questionou, afirmando que a cidade de São Paulo depende dos recursos. Ela ironizou o ministro e disse que suas propostas, apresentadas de forma “bastante genérica”, parecem sonhos de verão.

O senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que foi um mau sinal o governo recuar na regulamentação do indexador das dívidas de Estados e municípios. Já o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), antes de dizer que considerou o conjunto inicial de medidas enviadas ao Congresso “extremamente rudimentar”, começou sua fala elogiando o ministro. “Levy merece nosso respeito pelo esforço que está fazendo.”

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