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Greca criticou Ducci na eleição de 2012 por colocar “asfalto de glacê” na cidade, numa referência ao pavimento de má qualidade, que se esfarelava. | Antônio More/Gazeta do Povo
Greca criticou Ducci na eleição de 2012 por colocar “asfalto de glacê” na cidade, numa referência ao pavimento de má qualidade, que se esfarelava.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A aliança entre os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba Luciano Ducci (PSB) e Rafael Greca (PMN) pode trazer muitos benefícios ao candidato do PMN, mas também traz novos problemas a serem enfrentados. Se por um lado Greca ganha mais tempo de TV e uma maior possibilidade de conquistar o eleitorado, por outro terá que lidar com uma rejeição a mais, trazida por Ducci – que, assim como o pré-candidato do PMN, também é ex-prefeito de Curitiba.

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“Significa que ele passa a contar com o apoio de outras forças políticas, mas ele também herda a rejeição e associação com esses grupos”, analisa o cientista político da UFPR Ricardo Costa de Oliveira. Para ele, a aliança também evidencia uma incoerência na trajetória política de Greca.

Na última eleição, Greca acusou Ducci de colocar “asfalto de glacê” nas ruas do Centro, numa referência ao pavimento de má qualidade, que se esfarelava. Durante sua trajetória política, Greca já foi associado ao grupo do ex-governador Jaime Lerner, foi ministro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e se associou ao grupo do senador Roberto Requião (PMDB).

“Esse movimento inconstante desagrada muito os eleitores, que não veem coerência na trajetória e veem um político que a cada momento está do lado de um grupo diferente e antagônico”, analisa Costa.

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Outras alianças

Para o cientista político, ainda é cedo para fazer uma análise mais aprofundada em relação à disputa pela prefeitura de Curitiba. “Ainda está precoce, as peças ainda estão se movimentando no tabuleiro”, diz Costa.

Recentemente, o pré-candidato Ratinho Junior (PSD) anunciou apoio à candidatura do deputado estadual Ney Leprevost (PSD). “O Ratinho da mesma maneira tem tempo de TV, uma base de apoio, mas o próprio Ney Leprevost ainda está avaliando, uma vez que ainda não se definiu a candidatura a vice do prefeito Gustavo Fruet (PDT)”, explica o cientista político.

Escolha do vice

Para Costa, um movimento político importante para o cenário da disputa para a prefeitura será a escolha do vice de Fruet. O prefeito ainda não definiu o nome, uma vez que o PT – da vice Miriam Gonçalves – já decidiu lançar candidatura própria. O candidato petista será o deputado estadual Tadeu Veneri.

“No caso do Fruet, vai ser um vice importante, uma vez que ele é prefeito e não poderá ser candidato à sucessão”, analisa Costa. “O vice pode ter o dote de ser o próximo candidato a prefeito”, explica.

Oposição

Além de Greca, outros nomes podem garantir uma forte oposição a Fruet na disputa deste ano. Entre os nomes está o do deputado estadual Requião Filho (PMDB), filho do senador Roberto Requião (PMDB), e da deputada estadual Maria Victória (PP), filha da vice-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) e do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP). De acordo com Costa, os nomes têm peso por fazerem parte de famílias tradicionais da política no Paraná.

Apesar disso, o atual prefeito ainda tem uma vantagem sobre os outros, segundo o cientista político. “O Gustavo Fruet tem um bom potencial. Ele ainda tem uma rejeição pequena e não houve nenhum escândalo de corrupção na prefeitura de Curitiba”, explica Oliveira. “Por outro lado, o Fruet tem falta de grandes obras.”

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