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O pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (22) que a escolha do vice da chapa petista será uma escolha pessoal dele. Haddad foi enfático e repetiu a declaração mais de uma vez, mostrando certa contrariedade com o convite feito ao advogado Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB). O petebista afirmou nos últimos dias que o convite para ser vice foi feito ao PTB pelo deputado Paulo Maluf (PP), recém-chegado à coligação petista.

"Quem decide vice é o candidato. Não existe isso (convite). Quando eu convidar alguém, eu anuncio. As pessoas não estão proibidas de conversar, agora, convite se faz pelo candidato. Vice é prerrogativa do candidato", afirmou Haddad. O pré-candidato desconversou quando perguntado se D'Urso tinha um perfil para ocupar a vaga.

"Não existe nome (em discussão) de um partido que não está coligado. Isso não faz nenhum sentido". Ele discordou da estratégia defendida por alguns petistas de usar a vaga de vice para ampliar o arco de aliados.

"Penso que isso é colocar o carro na frente dos bois. Na minha opinião você primeiro pergunta se o partido concorda com o projeto e o candidato e, a partir daí, você discute pessoas".

No início desta semana, a deputada Luiza Erundina (PSB) renunciou ao posto depois que Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceram na casa de Maluf para selar a aliança com o PP. Lula não havia ido ao evento que oficializou a parlamentar como vice. Maluf e Erundina são rivais históricos em São Paulo. Diante do episódio, o PSB comunicou ao PT que não reivindicará mais a vaga. O PC do B, que tem candidato próprio e ainda estuda apoiar o petista, é quem tem hoje maiores chances de emplacar o vice.

Haddad descartou uma solução caseira para o dilema, ou seja, buscar dentro do próprio PT um nome para ser o companheiro de chapa. Também mostrou-se cético à formalização de novas alianças, além do PC do B, até o dia da convenção partidária, marcada para o dia 30. "Eu considero remota essa possbilidade porque os prazos estão se esgotando e não movimentações nesse sentido", disse o petista.

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