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Procurador-geral da República, Rodrigo Janot investiga a Lava Jato e passou a ser ameaçado. | José Cruz/ Agência Brasil
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot investiga a Lava Jato e passou a ser ameaçado.| Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou nesta sexta-feira (27) que tem sua segurança ameaçada. Ele afirmou que há “fatos concretos” que o obrigam a adotar medidas para garantir sua integridade física, citando como exemplo a invasão de sua casa, no fim de janeiro. Mas disse não saber se o risco está relacionado a algum caso específico, como a Operação Lava Jato, que envolve denúncias do envolvimento de dezenas de políticos com desvio de recursos da Petrobras.

“Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção”, disse Janot. “Minha casa foi arrombada. Essas pessoas estiveram, por conta dos alarmes, no mínimo por oito minutos dentro da minha casa e levaram um controle de garagem. Tinha lá uma pistola .40 com três carregadores, máquina fotográfica e tudo quanto é coisa de valor. E a única coisa que foi levada foi o controle do portão”, contou.

Segundo Janot, a partir da invasão, ele começou a receber relatórios periódicos de inteligência sobre possíveis ameaças à sua vida. “E nos relatórios últimos, parece que aumentou um pouquinho o nível de risco. Por isso as precauções”, observou, pouco antes de participar, em Uberlândia (MG) de ato de repúdio a um atentado sofrido pelo promotor Marcos Vinícius Cunha.

Reunião

Na noite de quarta-feira (25), o procurador-geral se encontrou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em reunião que não estava agendada, na qual o ministro avisou a Janot sobre um aumento do risco à sua segurança detectado pela área de inteligência do governo.

Uma das recomendações que Cardozo teria feito ao procurador-geral foi para que ele evitasse voos de carreira. Janot chegou a Uberlândia e voltou para Brasília em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). E confirmou que a reunião com o ministro “com certeza” foi para tratar de sua segurança.

Denúncias

Na próxima semana, o procurador-geral deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquéritos contra dezenas de políticos acusados de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.

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