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Em reunião com a cor­­regedora nacional de Jus­­­tiça, Eliana Calmon, o juiz federal Paulo Moreira Lima, que deixou a frente do processo contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, confirmou as ameaças veladas que vinha sofrendo e afirmou que não tinha mais condições de permanecer no controle do caso. Eliana pedirá à Polícia Federal que garanta proteção ao magistrado e acompanhe, a partir de agora, o juiz Alderico Rocha Santos, que foi designado para julgar a causa.

Mesmo andando com carro blindado, sob vigilância da Polícia Federal e armado, Moreira Lima disse à ministra Eliana Calmon que as ameaças o impediam de permanecer no processo. A situação chegou ao limite, conforme o relato, quando policiais foram à casa de seus pais dizendo que queriam conversar sobre o processo.

Como o grupo de Ca­­choeira tinha o auxílio de aproximadamente 40 agentes – entre policiais civil, federais e militares –, a abordagem foi vista pelo magistrado, ex-delegado da PF, como uma "nítida ameaça velada". Depois disso, relatou o magistrado, seus pais lhe telefonavam inclusive para saber se podiam ir ao mercado.

"Naturalmente que o juiz deu as razões dele. Disse que se sentia cansado, se sentia realmente extenuado e que gostaria de sair", afirmou Eliana Calmon. Mantê-lo no processo depois de tudo, disse ela, seria um "ato de desumanidade".

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