A Justiça Federal mandou soltar dois dos sete presos da última fase da Lava Jato no fim da tarde desta terça-feira (14). Eles estavam detidos desde sexta (10) e o prazo da prisão preventiva, de cinco dias, expirava hoje.
No início da noite, Élia Santos da Hora, apontada como secretária do ex-deputado Luís Argôlo (SD-BA), foi a primeira a deixar a carceragem da PF, em Curitiba. O ex-assessor parlamentar do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), Ivan Vernon Gomes Júnior, saiu em seguida.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a conversão da prisão temporária em preventiva de Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas (PT-PR), e Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência de publicidade BorghiLowe, que utilizaria contratos com a Caixa Econômica e o Ministério Público para repassar propina aos irmãos Vargas.
Com isso, os dois permaneceriam presos por tempo indeterminado. O pedido ainda não foi analisado pelo juiz federal Sérgio Moro.
Para os que foram soltos, Moro proibiu deixar o país sem autorização da Justiça ou mudar de endereço sem aviso prévio. Também determinou o comparecimento a todos os atos do processo.
André Vargas, Corrêa e Argôlo permanecem detidos, em caráter preventivo, na carceragem da PF de Curitiba. Corrêa já cumpre sete anos e dois meses de prisão por envolvimento no esquema do mensalão.
A última fase da investigação foi nomeada “A Origem”, em referência às investigações dos ex-parlamentares, cujo envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef foi descoberto nas primeiras etapas da operação, no ano passado. O doleiro é o ponto central dos esquemas, “onde tudo começou”. Como eles não se reelegeram, e portanto perderam o foro privilegiado, a investigação ficou na Justiça Federal do Paraná.
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