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José Eduardo Cardozo: segurança de outros políciais que participaram da Monte Carlo não será reforçada | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
José Eduardo Cardozo: segurança de outros políciais que participaram da Monte Carlo não será reforçada| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, procurou afastar qualquer relação entre o assassinato do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo e o caso Cachoeira. Macedo era integrante do núcleo de inteligência da PF e participou da Operação Monte Carlo, que investigou os negócios ilegais do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele foi assassinado na tarde de quarta-feira com dois tiros na nuca enquanto visitava o túmulo dos pais, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Eduardo Cardozo afirmou que "é muito cedo" para concluir que o assassinato do agente tenha relação com seu trabalho nas investigações. "É muito cedo para se fazer qualquer afirmação diante desses fatos. A Polícia Federal está apurando as circunstâncias em que se deu a morte. Agora, a PF está se empenhando e seguramente vamos encontrar as causas desse ato perverso que acabou vitimando um dos nosso agentes", disse o ministro. Cardozo afirmou que, de momento, a segurança de outros policiais não deverá ser reforçada por causa do assassinato.

Segundo o presidente da CPI do Cachoeira, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), por enquanto, a CPI não pretende investigar o assassinato até que a PF tenha respostas sobre o crime. Segundo ele, o momento é de esperar o desenrolar do caso."Não há nenhuma ameaça, intimidação. O clima na CPI é de absoluta tranquilidade. Inicialmente, é um caso da polícia", afirmou.

Segundo Vital do Rêgo, integrantes da Polícia Federal, que colaboram com as investigações na comissão, vão acompanhar os trabalhos da PF informando os congressistas sobre o caso. Vital evitou fazer ilações sobre a morte do policial, assassinado enquanto visitava o túmulo dos pais em Brasília. "Se tiver algum tipo de ligação com o fato determinante, vamos tomar providências. Mas a polícia é que tem que me dar as respostas."

Investigações

Macedo atuou na linha de frente das investigações que desarticularam a máfia que explorava caça-níqueis e jogos de azar em Goiás. Coube a ele acompanhar ações de Lenine Araújo de Souza, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira, e também de policiais militares e civis, que faziam parte da organização criminosa desmantelada pela Operação Monte Carlo.

Essa atuação reforça a tese de que o crime seria vingança de membros da quadrilha, ou queima de arquivo.

Por enquanto, porém, não estão descartadas outras hipóteses, como latrocínio, crime passional ou acerto de contas com desafetos. O agente sentia-se ameaçado e recentemente registrou Boletim de Ocorrência de uma suposta perseguição que teria sofrido próximo a um shopping.

Sob o comando do delegado Matheus Mella Rodrigues, Tapajós trabalhou com outros seis agentes no monitoramento das interceptações telefônicas e dos e-mails dos principais denunciados na operação. O agente estava em horário de serviço quando foi assassinado. O enterro está previsto para a manhã desta quinta-feira.

O crime foi testemunhado por um jardineiro e um coveiro, que já prestaram depoimento.

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