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Sergio Moro “atrapalhou” os planos da CPI do BNDES de ouvir o pecuarista José Carlos Bumlai. | Paulo Whitaker/Reuters
Sergio Moro “atrapalhou” os planos da CPI do BNDES de ouvir o pecuarista José Carlos Bumlai.| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Após decretar a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, o juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal em Curitiba, enviou um ofício à CPI do BNDES pedindo desculpas por inviabilizar o depoimento dele aos parlamentares nesta terça-feira (24). Bumlai foi preso nesta terça em Brasília, no âmbito da Operação Lava Jato.

A prisão dele se insere em um esquema de corrupção e fraude para pagar dívidas da campanha da reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, conforme os depoimentos de delatores e provas que embasaram a decretação da prisão do pecuarista pelo juiz Moro.

Mesmo com a prisão, o presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), manteve a sessão da comissão para esta tarde com o objetivo de transmitir aos parlamentares as informações dadas por Moro e tentar viabilizar uma nova data para ouvir Bumlai.

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Moro disse em seu ofício que “por questões operacionais, que fogem ao controle do juízo, a medida foi implementada na presente data pela Polícia Federal. A efetivação da medida inviabiliza, infelizmente, a oitiva dele” à CPI. “Peço escusas pelo ocorrido”, declarou o juiz, no documento expedido às 8h06 desta terça, após a prisão do empresário.

O ofício informa ainda que Bumlai “estará à disposição” da CPI em caso de uma nova data, mas recomendou que isso não ocorra nesta semana, já que ele acabou de ser preso e ainda deve ser ouvido na Polícia Federal em Curitiba, para onde foi levado.

Uma das opções, que está sendo defendida por deputados do PSDB na CPI, é ir a Curitiba ouvi-lo. O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) disse que pretende apresentar um requerimento para isso e tentar viabilizar sua aprovação nesta sessão.

A sessão da CPI com Bumlai também deve servir de palanque para críticas da oposição ao ex-presidente Lula, de quem o pecuarista é amigo. Ele foi convocado para a CPI para falar sobre empréstimos do BNDES à sua empresa de etanol. Sua empresa atualmente encontra-se inadimplente perante o banco.

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